O desenvolvimento infantil se dá inicialmente por meio das brincadeiras, mas, no momento seguinte, estas são interrompidas pela inserção da escola na vida das crianças. Se por um lado, a apreensão dos conteúdos curriculares exige certa disciplina que é comumente vista como oposta ao brincar, por outro a função da educação é justamente descobrir a forma mais adequada de agregar elementos culturais relacionados a conteúdos curriculares para produzir o particular a partir da totalidade (SAVIANI, 2013). Nesse sentido, esse artigo objetivou analisar o potencial dos jogos para a realização da atividade educacional a partir da perspectiva sociocultural de Vygotsky (1978) e dos mecanismos de socialização primária de Berger e Luckmann (2004). Nossa investigação teórica revelou que o jogo pedagógico, se desenvolvido e executado corretamente, possui a capacidade de instigar as vontades dos alunos, servindo como excelente auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, além de servir para o desenvolvimento de habilidades psicossociais ao exercitar elementos culturais e psicológicos.