Trata-se de estudo qualitativo, baseado em entrevistas com agentes daPolícia Militar de Minas Gerais e da Guarda Civil Municipal de BeloHorizonte, sobre sua ação junto às pessoas em situação de rua (PSR) nocontexto da pandemia da COVID-19. Os agentes relataram falta detreinamentos para lidar com PSR e seguirem critérios próprios paraatender as exigências institucionais e da comunidade, sendo osprotocolos parcialmente determinantes dos seus processos decisórios. Aação direcionada para as PSR envolve atos repressivos, “higienistas” ede controle das pessoas e do espaço urbano. As PSR são caracterizadascomo elementos da degradação urbana e obstáculos à circulação depessoas, sendo as forças de segurança acionadas quando as restriçõessociais não conseguem mantê-las controladas. A pandemia foi motivo deapreensão inicial na atuação policial, com posterior relaxamento. Oartigo revela a distância entre a norma e a execução do trabalhopolicial no que se refere a populações vulneráveis.
This is a qualitative study, based on interviews with agents of theMilitary Police of Minas Gerais and Municipal Civil Guard of BeloHorizonte, about their performance with homeless people (PSR) in thecontext of the pandemic by COVID-19. The agents reported lack oftraining to deal with PSR and to follow their own criteria to meetinstitutional and community requirements, with protocols being partiallydeterminants of their decision-making processes. The action directed tothe PSR involves repressive actions, “hygienists” and control of peopleand urban space. PSRs are characterized as agents of urban degradationand obstacles to the movement of people, and security forces are calledin when social restrictions cannot keep them under control. The pandemicwas a reason for initial apprehension in police action, with subsequentrelaxation in prevention actions. The article reveals the distancebetween the norm and the execution with regard to vulnerablepopulations, manifested in the execution of police work through itsdiscretion.