O fenômeno alimentar não é apenas um ato biológico, mas simbólico e indenitário, cujo caminho os indivíduos podem se orientar e se distinguir. O objetivo do presente trabalho é compreender como se forma “o gosto” em frequentadores de restaurantes de Campina Grande, segunda maior cidade do Estado da Paraíba. São as memórias ou é o status que o constitui? Queríamos entender, em uma escala local, se “gosto” é formado a partir do recorte da distinção social. A metodologia usada foi a observação participante, com conversas informais e entrevistas com frequentadores de oito restaurantes locais. Percebemos que comer é um ato político. Envolve o caráter social, cultural e também econômico. Mais do que hábitos e comportamentos alimentares, a alimentação implica formas de perceber e expressar um determinado estilo de vida que se particulariza em um determinado grupo social.