Este artigo apresenta parte do percurso traçado pela pesquisa Semiótica Crítica: a Comunicação como acontecimento. Como ponto de entrada ao trabalho, apresentaremos aqui a hipótese central e nossos objetivos; a saber, a percepção de que o conceito de acontecimento, a despeito de sua importância, tem dispersão na área da Comunicação, e flutua entre compreensões empiristas, funcionalistas e/ou fenomenológicas. Entrevendo outra vida possível ao conceito, com outra potencialidade à pesquisa comunicacional, passamos a investigar as dimensões pragmaticistas do acontecer, entre a semiótica de Charles Sanders Peirce e a filosofia de Gilles Deleuze. Ao pensar o acontecimento nos seus efeitos, com sua efetuação e contra-efetuação inseparáveis, abre-se espaço a um pensamento da Comunicação que não reifique seus objetos ou a experiência, focando em compreender as traduções aí envolvidas.
This article presents part of the path traced by the research Critical Semiotics: Communication as Event. As an entry point to the work, we will present here the central hypothesis and our objectives; namely, the perception that the concept of event, despite its importance, is dispersed in the area of Communication, and fluctuates between empiricist, functionalist and/or phenomenological understandings. Speculating another possible life to the concept, with another potentiality to communicational research, we started to investigate the pragmatic dimensions of the event, between Charles Sanders Peirce's semiotics, and Gilles Deleuze's philosophy. By thinking of the event in its effects, with its inseparable effectuation and counter-effectuation, it opens space for a thought of Communication that does not reify its objects or experience but focuses on understanding the translations involved therein.