Ciclones extratropicais: o que são, climatologia e impactos no Brasil

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ISSN: 1980-4407
Editor Chefe: Celso Dal Ré Carneiro
Início Publicação: 04/04/2005
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Geociências

Ciclones extratropicais: o que são, climatologia e impactos no Brasil

Ano: 2021 | Volume: 17 | Número: Não se aplica
Autores: Reboita, Michelle Simões, Marrafon, Vitor Hugo
Autor Correspondente: Reboita, Michelle Simões | [email protected]

Palavras-chave: Processo de formação, Ventos fortes, Precipitação, Densidade da trajetória, Raio dos ciclones

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O sistema atmosférico ciclone extratropical, que quando mencionado na mídia brasileira, em geral, causa pânico na população, é abordado aqui em linguagem simples. O objetivo é compartilhar - com todos os interessados no assunto - a definição e processo de formação dos ciclones extratropicais, os impactos que causam no Brasil e seus aspectos climatológicos no Hemisfério Sul e oceano Atlântico Sul. Esse estudo tem como base metodológica tanto a revisão da literatura quanto a utilização de dados estado-da-arte (reanálise ERA5) e algoritmo de identificação e rastreamento de ciclones. Assim, os ciclones extratropicais são identificados no período de 1991 a 2020 em dados de pressão ao nível médio do mar da reanálise ERA5. Entre os resultados têm-se que a banda latitudinal ao redor da Antártica é a que apresenta a maior frequência de ciclones. Esses sistemas também ocorrem com frequência a sudeste da Austrália e na costa da América do Sul entre as latitudes do Rio de Janeiro e sul da Argentina. Considerando o Hemisfério Sul, os ciclones extratropicais são mais frequentes e intensos nos meses de inverno. Entre as costas sul e sudeste do Brasil, destaca-se a maior frequência desses sistemas no verão.



Resumo Inglês:

The atmospheric system called extratropical cyclone, when mentioned in the Brazilian media, in general, causes panic in the population. Then, this system is addressed here in simple language since our purpose is to share, with all those interested in the subject, information about the definition and formation processes of extratropical cyclones, the impacts they cause in Brazil and their climatological aspects in the Southern Hemisphere and the South Atlantic Ocean. This study is methodologically based on a literature review as well as in the use of state-of-the-art data (ERA5 reanalysis) and cyclone identification and tracking algorithm. Thus, extratropical cyclones are identified from 1991 to 2020 through sea level pressure data from the ERA5 reanalysis. Among the results, we show that the latitudinal band in the neighborhood of Antarctica is the one that presents the highest frequency of cyclones. However, these systems are also frequent in southeast Australia and in the South America coast between the latitudes of Rio de Janeiro and south of Argentina. Considering the Southern Hemisphere, extratropical cyclones are more frequent and intense in the winter months. Over the south and southeast coasts of Brazil, there is a higher frequency of these systems in summer.



Resumo Espanhol:

El sistema atmosférico ciclónico extratropical, que cuando se menciona en los medios brasileños, en general, causa pánico en la población, se aborda aquí en un lenguaje sencillo. El objetivo es compartir - con todos los interesados ​​en el tema - la definición y proceso de formación de ciclones extratropicales, los impactos que causan en Brasil y sus aspectos climatológicos en el Hemisferio Sur y el Océano Atlántico Sur. Este estudio tiene como base metodológica la revisión de la literatura sobre el uso de datos de última generación (reanálisis ERA5) y el algoritmo de identificación y seguimiento de ciclones. Por lo tanto, los ciclones extratropicales se identifican desde 1991 hasta 2020 en los datos de presión al nivel del mar del reanálisis de ERA5. Entre los resultados, la banda latitudinal alrededor de la Antártida es la que tiene mayor frecuencia de ciclones. Estos sistemas también ocurren con frecuencia en el sureste de Australia y en la costa de América del Sur entre las latitudes de Río de Janeiro y el sur de Argentina. Considerando el hemisferio sur, los ciclones extratropicales son más frecuentes e intensos en los meses de invierno. Entre las costas sur y sureste de Brasil, hay una mayor frecuencia de estos sistemas en verano.