Este artigo procura desenvolver uma leitura crítica de Saneamento básico, o filme, de 2007, dirigido e roteirizado por Jorge Furtado, com especial atenção para os mecanismos que a obra utiliza no sentido de construir sua trama permeada de elementos intertextuais, a partir de usos rearticulados que os ressignificam pela entonação. Para isso, tomaremos por apoio a teoria dialógica do discurso, do Círculo de Bakthin, observando aspectos do texto fílmico e de seu contexto de produção, investigando elementos recorrentes no longa-metragem de Jorge Furtado, com atenção à sua dimensão metalinguística em quadros e enquadramentos que caracterizam as marcas de estilo do diretor.
This article seeks to develop a critical reading of Basic Sanitation, the movie, from 2007, directed and scripted by Jorge Furtado, with special attention to the mechanisms that the work uses in order to build its plot permeated by intertextual elements, from rearticulated uses that resignify them through intonation. For this, we will take as support the dialogic theory of discourse, from the Bakthin Circle, observing aspects of the filmic text and its production context, investigating recurrent elements in Jorge Furtado's feature film, with attention to its metalinguistic dimension in structures and framings that characterize the director's style marks.