Apresenta pesquisa realizada com bibliotecários que atuam ou atuaram no sistema prisional brasileiro, para possibilitar à população privada de liberdade o acesso ao livro, a leitura, a informação, a construção de significados e apropriação da informação. Trata-se de estudo exploratório, com abordagem qualitativa. Como instrumento de coleta de dados utilizamos o questionário elaborado no Google Formse enviado por e-mail aos bibliotecários. Para analisar os dados, nos pautamos na análise de conteúdo por meiodo estabelecimento de categorias. Os resultados demonstram, que a maioria dos bibliotecários acreditam construir ações de mediação da informação no ambiente prisional, e consideram que esse processo pode favorecer a reinserção social do(a) apenado(a), mesmo aqueles que são reticentes quanto à estrutura da prisão não contribuir para a reinserção social, apresentam discurso favorável sobre a relevância do bibliotecário pautar suas ações na mediação da informação ao atuar nesse ambiente. Concluímos que, mesmodiante dos desafios e especificidades da atuação nesse ambiente, a mediação da informação pode ser considerada como uma prática de desconstrução e reconstrução, pois pode favorecer a pessoa presa a vislumbrar novos horizontes, se perceber como sujeito crítico por meio da apropriação da informação.
Presents the research conducted with librarians who work or have worked in the Brazilian prison system to enable the deprived population to have access to books, reading, information, construction of meaning, and appropriation of information. This is an exploratory study, with a qualitative approach. As an instrument of data collection, we used the questionnaire prepared in Google Forms and sent it by e-mail to the librarians. To analyze the data, we based ourselves on content analysis by establishing categories. The results show that most librarians believe in taking actions of information mediation in the prison environment and consider that this process can contribute to the social reintegration of the convicted. Even those who are reticent about the prison structure not contributing to social reintegration present a favorable speech about the relevance of the librarian to guide their actions in information mediation when acting in this environment. We conclude that, even when faced with the challenges and specificities of working in the prison environment, information mediation can be considered a practice of deconstruction and reconstruction, as it can help prisoners to have a glimpse of new horizons and see themselves as critical subjects through the appropriation of information.