O objetivo deste artigo é analisar a obra De exílio Provinciarum Transmarinarum Assistentiae Lusitanae Societatis Iesu, de autoria do padre jesuíta José Caeiro, considerando o contexto em que foi produzida e as suas principais ideias. Caeiro redigiu o manuscrito entre os anos de 1759 e 1777, em Roma, durante seu exílio ao lado de centenas de outros religiosos da Companhia de Jesus, que anteriormente, viviam no reino de Portugal e nas regiões ultramarinas do império. Percebe-se, no desenvolvimento do texto, uma tentativa do religioso de construir um discurso de defesa dos jesuítas em relação às acusações sofridas durante a administração pombalina, no reinado de d. José I. Trata-se, portanto, de uma disputa de ideias e de versões.