Educação como Prática da Liberdade foi escrito em 1967, durante o exílio de Paulo Freire no Chile. O período retratado enfatiza que a sociedade brasileira estava em transição naquele momento e parece que ainda não conseguiu fazer a travessia, devido ao curto período que o país vive uma incipiente e imatura democracia. O livro tem 157 páginas que estão divididas em quatro capítulos e apêndice que demonstra com bastantes detalhes todo o método de alfabetização elaborado por Freire. Freire mostra a busca de uma educação de massa que seja a busca pela liberdade, destituída da alienação que as elites pretendem. Questiona que tipo de educação deve ser almejada: educação alienante para o homem-objeto ou educação libertadora para o homem- sujeito. Sendo que o homem-sujeito implicaria na sociedade-sujeito, consciente de suas ações, sempre pautado na autorreflexão e na reflexão sobre o tempo e o espaço. Seu trabalho fundamenta-se na exposição de seu método de alfabetização de jovens e adultos de forma bem detalhada, evidenciando sua enorme capacidade filosófica e sua atuação política a partir de sua prática educacional. Essa obra, que aparece dividida em quatro capítulos, foi escrita durante seu período no exílio no Chile, ao mesmo tempo em que participou do desenvolvimento de vários projetos baseados em seu método.