Este artigo procura discutir, apoiado em pesquisa bibliográfica e a partir da estrutura teórica do sociólogo Max Weber, em uma perspectiva histórica que remete à Antiguidade e à Idade Média, alguns pressupostos desencadeadores da edificação e do desenvolvimento da moderna sociedade capitalista, enfocando o Estado racional e, particularmente, o Direito racional e a burocracia como elementos essenciais. Tem-se, também como objetivo precípuo, a intenção de resgatar o pensamento weberiano como discussão obrigatória para o entendimento da consecução da modernidade, enquanto fenômeno historicamente localizado no Ocidente, dos fatores que contribuíram para a sua consolidação nos séculos XVIII e XIX e do debate acerca de sua crise, que surge no início do século XX e recrudesce no seu final.