Objetivo: Avaliar o impacto financeiro e a eficácia de um programa de navegação de pacientes com tumores colorretais submetidos à retossigmoidectomia videolaringoscópica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo, tipo caso-controle, de maio de 2019 a dezembro de 2020, com pacientes maiores de 18 anos; com tumores de sigmóide, junção retossigmóide ou reto superior, submetidos à sigmoidectomia laparoscópica eletiva ou ressecção anterior alta com anastomose colorretal alta. Os principais endpoints foram: custos durante o percurso do paciente; intervalo entre a primeira consulta e a cirurgia; uso de unidade de terapia intensiva (UTI) ou não; utilização do pronto-socorro após a alta. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste qui-quadrado, teste exato de Fisher e Mann-Whitney. Resultados: 71 pacientes, sendo 49 (69%) não-navegadores e 22 (31%) navegadores. Na fase diagnóstica, os pacientes navegadores foram mais encaminhados para fisioterapia (81,8% vs. 46,9%, p=0,013) e nutricionista (81,8% vs. 57, p=0,081) e realizaram mais exames diagnósticos de acordo com o protocolo institucional (86,4% vs. 75,5%), contribuindo com uma receita média por paciente 90% maior, p=0,01). O tempo médio desde a primeira visita à cirurgia, embora menor, não apresentou diferença estatística (26 vs. 28 dias, p=0,794), assim como o tempo de permanência (5,3 vs. 8,2, p=0,082) e visitas à emergência até 30 dias após a alta (18% vs. 22%, p=1,0). No entanto, a porcentagem de pacientes em UTI foi 73,8% menor em pacientes navegadores (34,7% vs. 9,1%, p=0,05). 4,5% dos pacientes navegadores tiveram valores atípicos vs. 36,5% dos pacientes não-navegadores, p=0,05. Isso resultou em um custo de cirurgia 18,5% menor e uma jornada 16% mais barata em comparação com os pacientes não-navegadores. Conclusão: Pacientes navegadores em tratamento oncológico apresentam menores custos ao longo da jornada e melhores resultados, com menor tempo de permanência na UTI, além de maior adesão aos protocolos institucionais.
Objective: To evaluate the financial impact and effectiveness of a navigation program in patients with colorectal tumors undergoing videolaryngoscopic rectosigmoidectomy. Material and Methods: Retrospective, case-control type study from May 2019 to December 2020 with patients 18 years-old or older; with sigmoid, retosigmoid junction or upper rectal tumors, submitted to elective laparoscopic sigmoidectomy or high anterior resection with high colorectal anastomosis. The main endpoints were: costs during the patients pathway; interval between first appointment and surgery; use of unit of intensive care (ICU) or not; use of emergency room after discharge. Categorical variables were compared by chi-square test, Fisher’s exact test, and Mann-Whitney. Results: 71 patients, with 49 (69%) not navigated and 22 (31%) navigated. In the diagnostic stage, navigated patients were more referred to physical therapy (81.8% vs. 46.9%, p=0.013) and nutrition specialist (81.8% vs. 57, p=0.081) and performed more diagnostic tests according to the institutional protocol (86.4% vs. 75.5%), contributing with an average revenue per patient 90% higher, p=0.01). The mean time from first visit to surgery, although shorter, had no statistical difference (26 vs. 28 days, p=0.794), as well as the length of stay (5.3 vs. 8.2, p=0.082) and visits to the emergency room within 30 days after discharge (18% vs. 22%, p=1.0). However, the percentage of patients in ICU was 73.8% lower in navigated patients (34.7% vs. 9.1%, p=0.05). 4.5% of navigated patients were cost-outliers vs. 36.5% of non-navigated patients, p=0.05. This resulted in a 18.5% lower cost of surgery and a 16% cheaper journey compared to the non-navigated patients. Conclusion: Navigated patients on oncology treatment have lower costs along the journey and better outcomes with shorter ICU stays, as well as more compliant with institutional protocols.