UM PATRIMÔNIO DO MEDO BRANCO: HISTÓRIAS E REPRESENTAÇÕES NO PAVILHÃO ANEXO LUCAS DA FEIRA MUSEU CASA DO SERTÃO/UEFS

Revista Em Favor de Igualdade Racial

Endereço:
6637 - Br 364, Km 04 - Distrito Industrial
Rio Branco / AC
Site: https://periodicos.ufac.br/index.php/RFIR/issue/view/155
Telefone: (68) 9974-5156
ISSN: 2595-4911
Editor Chefe: Flávia Rodrigues Lima da Rocha
Início Publicação: 11/05/2020
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

UM PATRIMÔNIO DO MEDO BRANCO: HISTÓRIAS E REPRESENTAÇÕES NO PAVILHÃO ANEXO LUCAS DA FEIRA MUSEU CASA DO SERTÃO/UEFS

Ano: 2022 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: L. S. Barbosa
Autor Correspondente: L. S. Barbosa | [email protected]

Palavras-chave: lucas da feira, educação, museu

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho se propõe a discutir as representações das experiências do povo negro, encontradas no Pavilhão Anexo do Museu Casa do Sertão/UEFS. Nomeado de Lucas da Feira, em referência ao escravizado filho de africanos, o Pavilhão Anexo construído em 1997, contém médias e grandes peças, artefatos culturais do universo escravista interiorano e pedaços de narrativas que encenam fragmentos dos passados feirenses e circunvizinhos, com a presença de uma destacada cultura material do trabalho de pessoas pretas e pobres do interior baiano. Configurado como espaço informal de saber, marcado por interesses e disputas, o Pavilhão Lucas da Feira tem relações com um mapa complexo de rupturas e repetições a respeito de como as histórias e representações do povo negro são cultivadas e dadas a ver numa sociedade racista. Recorrendo aos estudos de Nila Rodrigues Barbosa, Bell Hooks, Roger Chartier e Durval Muniz de Albuquerque, foi possível situar o que identifico aqui como um subjacente projeto racial no Museu Casa do Sertão/UEFS.



Resumo Inglês:

The present work proposes to discuss the representations of the experiences of black people found in the Annex Pavilion of the Casa do Sertão Museum/UEFS. Named Lucas da Feira, in reference to the enslaved son of Africans, the Annex Pavilion built in 1997, contains medium and large pieces, cultural artifacts of the inland slave universe and pieces of narratives that stage fragments of the feirenses and neighboring pasts, with the presence of an outstanding material culture of the work of black and poor people from Bahiainland. Configured as an informal space of knowledge, marked by interests and disputes, the Lucas da Feira Pavilion is related to a complex map of ruptures and repetitions regarding how the histories and representations of black people are cultivated and made visible in a racist society. Drawing on the studies of Nila Rodrigues Barbosa, Bell Hooks, Roger Chartier, and Durval Muniz de Albuquerque, it was possible to situate what I identify here as an underlying racial project in the Casa do Sertão/UEFS Museum.