O presente trabalho tem a finalidade de levantar discussão e acender reflexões acerca dos estereótipos
carregados ao longo dos anos sobre os povos indígenas. A invasão dos europeus e a tentativa de
inferiorizar a cultura e a identidade desses povos nativos brasileiros, de forma violenta e totalmente
impositiva. Os livros de história, por muitos anos, se ocultaram acerca da rica cultura desses povos
e de sua espetacular contribuição para a manutenção do solo, das florestas e da fauna brasileira.
A mídia, por sua vez, propagou os estereótipos idealizados pelo eurocentrismo e há mais de 500
anos, depois de tantas lutas, genocídios, transformações e evoluções, continuam os representando
como selvagens, menosprezando seus conhecimentos e tentando apagar sua identidade cultural.
Grandes são os desafios e os enfrentamentos na sociedade para protegerem seu espaço, invadido
e tomado por forças do Estado, por fazendeiros, mineradores, além da luta contra o preconceito,
contra a violência, por melhores condições de vida. Nesse cenário, a escola se destaca com um
papel importantíssimo de conscientização da população sobre esses fatores, buscando o resgate
e a valorização da identidade cultural indígena. O Currículo da Cidade de São Paulo possui um
documento que contempla essas reflexões críticas. Em Belo Horizonte também há um projeto literário
com incentivo ao gosto pela leitura, com enfoque na desconstrução dos estereótipos indígenas.