Objetivo: identificar as crenças em saúde de mulheres lésbicas e bissexuais acerca da realização do teste de Papanicolaou. Métodos: estudo transversal desenvolvido exclusivamente online, com 55 participantes. Utilizou-se o Google Forms® para coleta de dados, com questões sociodemográficas e econômicas, além de questões relacionadas às práticas, à intenção e às crenças na realização do teste de Papanicolaou. Os dados foram organizados no Google Sheets® e analisados no software SPSS®. Resultados: verificou-se que mulheres bissexuais acreditam mais no benefício “quando eu faço o exame preventivo, eu fico aliviada” (p=0,047). Contudo, possuem maior pontuação de vergonha de fazer o exame preventivo (p=0,005). Identificou-se associação significativa entre ter realizado o exame e benefícios percebidos (p=0,040); gravidade percebida e nível de instrução (p=0,006);ter realizado o exame (p=0,039);e ter parceria fixa (p=0,028). Conclusão: mulheres bissexuais acreditam que realizar o exame gera alívio, mas o sentimento de vergonha pode prejudicar a adesão ao exame. Mulheres lésbicas e bissexuais sem acesso à educação superior, que nunca realizaram o exame e que possuem múltiplas parcerias sexuais estão mais vulneráveis ao câncer de colo do útero. Contribuições para a prática: refletir sobre esse cenário para que estratégias educativas sejam efetivadas acerca da prevenção do câncer de colo do útero.
Objective: to identify the health beliefs of lesbian and bisexual women about performing the Papanicolaou’s test. Methods: cross-sectional study developed exclusively online, with fifty-five participants. Google Forms® were used for data collection, with sociodemographic and economic questions, as well as questions related to practices, intention, and beliefs about performing the Papanicolaou’s test. Data were organized in Google Sheets® and analyzed in SPSS® software. Results: it was found that bisexual women believe more in the benefit "when I do the preventive exam, I am relieved" (p=0.047). However, they have higher scores of ashamed for doing the preventive exam (p=0.005). Significant association was identified between having done the exam and perceived benefits (p=0.040); perceived severity and education level (p=0.006); having done the exam (p=0.039); and having fixed partnership (p=0.028). Conclusion: bisexual women believe that performing the exam generates relief, but feelings of shame may hinder adherence to the exam. Lesbian and bisexual women without access to higher education, who never had the exam, and who have multiple sexual partnerships are more vulnerable to cervical cancer. Contributions to practice: reflect on this scenario so that educational strategies are effective for cervical cancer prevention.