Objetivo: classificar a qualidade da assistência de enfermagem e analisar a associação entre as caraterísticas dos profissionais e a execução de medidas preventivas de lesão por pressão em crianças hospitalizadas. Métodos: estudo observacional, transversal, realizado com 235 profissionais de enfermagem. O instrumento de Prevenção de Lesão por Pressão possui três domínios, com 23 itens: Medidas preventivas e detecção precoce de lesão por pressão (9); Medidas de alívio de pressão (8) e Avaliação e notificação (6), analisados pelo Índice de Positividade para Qualidade da Assistência. Resultados: predominou sexo feminino (98,7%), com idade média de 38,83 ± 9,94 anos, técnicos de enfermagem (57,4%) e com tempo de experiência profissional superior a cinco anos (77,1%). Constatou‑se assistência predominantemente sofrível nos três domínios, em 82,6% das ações. Encontrou‑se associação significante com as variáveis “participação em cursos” e “desgaste no trabalho” e uma tendência mais frequente de realização das medidas na faixa etária 31-40 anos. Conclusão: a assistência de enfermagem foi predominantemente sofrível; a assistência associou-se à participação em cursos de aperfeiçoamento e desgaste no trabalho. Contribuições para a prática: evidenciou-se a necessidade do investimento em capacitação profissional e oferta de insumos considerados indispensáveis para viabilizar uma assistência qualificada e segura.
Objective: to classify the quality of nursing care and analyze the association between professionals' characteristics and the implementation of preventive measures for pressure injuries in hospitalized children. Methods: this observational, cross-sectional study involved 235 nursing professionals. The Pressure Injury Prevention instrument comprised three domains with a total of 23 items: Preventive measures and early detection of pressure injuries (9 items), Pressure relief measures (8 items), and Assessment and reporting (6 items), analyzed using the Positivity Index for Quality of Care. Results: Most participants were females (98.7%), with a mean age of 38.83 ± 9.94 years, nursing technicians (57.4%), and had more than five years of experience (77.1%). Nursing care was predominantly inadequate across all three domains, with 82.6% of actions rated as poor. Significant associations were found between "participation in training courses" and "work-related exhaustion". There was a trend towards increased compliance with measurements among professionals aged 31-40. Conclusion: nursing care was predominantly poor and participation in training courses and the presence of exhaustion were associated with better adherence to preventive measures. Contributions to practice: the study highlights the pressing need for investments in professional training and the provision of necessary resources to support high-quality and safe nursing care.