As disfunções temporomandibulares (DTMs) são consideradas uma condição frequente de dor orofacial que está presente principalmente no sexo feminino. Por haver uma compreensão clara sobre essa prevalência pelo sexo feminino, alguns autores sugeriram que os fatores hormonais desempenham um papel importante na fisiopatologia dessa condição. O estrogênio, em particular, atua no osso com efeito anti-reabsorção através da inibição direta da atividade dos osteoclastos e na cartilagem. Além disso, o estrogênio e a progesterona podem influenciar o conteúdo e as características das fibras colágenas. Foi realizada uma busca bibliográfica sobre o que há de mais atual sobre o tema nas seguintes bases de dados: PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico, utilizando a estratégia dos operadores booleanos, com os seguintes descritores “Articulação temporomandibular”, “Estrogênios” e “Transtornos da articulação temporomandibular”. Após a primeira busca, foram encontrados 122 artigos, na língua portuguesa e inglesa. Após aplicados os critérios de inclusão que foram: artigos que relacionassem a interação hormonal com a Articulação temporomandibular, artigos entre 1993 a 2022. Foram selecionados para utilização um total de 19 artigos. Baseado nos resultados dos estudos é possível sugerir que a população afetada pela DTM, tanto homens quanto mulheres, apresentam níveis de estrogênio mais elevados do que indivíduos saudáveis. Há presença de receptores de estrogênio na membrana sinovial que sugeriram que sua ativação pode modular diferentes mecanismos fisiopatológicos em várias doenças articulares. O estudo evidencia que altos níveis de estrogênio podem estar implicados na fisiopatologia de diferentes formas de DTM.