Este artigo propõe uma breve reflexão acerca da relação entre currículo, diversidade e educação inclusiva, no sentido de pensarmos e indagarmos sobre a potencialidade das propostas pedagógicas e do currículo, como agenciadores de relações balizadas pelos princípios da igualdade e da equidade. As questões que incomodam os educadores são muitas: Quais conflitos e divergências presentes no binômio educação/inclusão? Como podemos lidar pedagogicamente com a diversidade? O que entendemos por diversidade? O que entendemos por igualdade, equidade? Como tem sido praticada uma educação inclusiva? Que diversidade pretendemos que esteja contemplada no currículo das escolas e nas políticas de currículo? Quais mecanismos adotaremos garantir a participação efetiva dos envolvidos nas propostas pedagógica, curriculares das escolas? Neste artigo, não pretendemos esgotar, nem mesmo responder definitivamente às aflições, mas sim, oferecer “pistas” para esclarecer sobre o conceito de currículo, e seu trânsito na educação/inclusão. Assim, mapear o trato que já é dado à diversidade pode ser um ponto de partida para novos equacionamentos da relação entre diversidade e currículo. Para tanto, é preciso debatermos sobre a concepção de educação/currículo, pois há uma relação estreita entre o olhar e o trato pedagógico da diversidade e a concepção de educação que informa as práticas educativas, e debater sobre a construção dialógica das propostas curriculares que são vivenciadas com os alunos das escolas públicas brasileiras, em busca de uma educação integral, com vistas à transformação, à igualdade, à equidade.