Buscou-se analisar se as características de governança corporativa do Conselho de Administração (CA), a estrutura de capital e o desempenho econômico-financeiro das companhias exercem influência sobre a adoção de Políticas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) por parte das instituições bancárias listadas na Brasil Bolsa Balcão [B]3. Para tanto, foram analisados 24 bancos listados na [B]3, via dados anuais disponibilizados no período de 2013 a 2020, na base de dados Thomson Reuters® e no site da [B]3, principalmente por meio da análise de Formulários de Referência das instituições estudadas. Para analisar os resultados, foi realizada a estimação do modelo de regressão Tobit, sendo utilizada como variável dependente a ‘avaliação de práticas ESG’, medida por um índice que varia de 0 (para empresas sem práticas ESG e/ou sem avaliação ESG na base Refinitiv®) a 100 (empresas com melhores práticas ESG) e, para variáveis independentes, foram utilizadas caracterizações de empresas bancárias e do CA, estrutura de capital e indicadores de desempenho econômico-financeiro. Com base nos resultados, notou-se que o tamanho dos bancos e a diversidade de gênero do CA apresentaram estatísticas positivas e significativas, demonstrando que os bancos maiores e com mais presença de mulheres no conselho tendem a manter as melhores práticas de ESG. Por outro lado, foram observadas relações estatísticas negativas e significativas entre a emissão de American Depositary Receive (ADR's), o número de membros independentes do Conselho e as práticas de Board Interlocking (B.I.) e as melhores práticas ESG. Contudo, o estudo contribui para a literatura com o entendimento dos eventos ESG dos bancos brasileiros e com as demandas regulatórias do Banco Central do Brasil, em decorrência das normas com exigências de Responsabilidade Socioambiental por parte do órgão regulador, bem como com as cobranças dos stakeholders e do mercado por melhores práticas ESG dos bancos.
We sought to analyze whether the corporate governance characteristics of the Board of Directors (BoD), the capital structure, and the economic and financial performance of the firms influence the adoption of Environmental, Social, and Governance Policies (ESG) by banking institutions listed on the Brasil Bolsa Balcão [B]3. To this end, 24 banks listed in [B]3 were analyzed, via annual data made available from 2013 to 2020, in the Thomson Reuters® database and on the [[B]3 website, mainly through the analysis of Reference Forms of the institutions studied. To analyze the results, the Tobit regression model was estimated, using as a dependent variable the ‘assessment of ESG practices’, measured by an index ranging from 0 (for firms without ESG practices and/or without ESG assessment in the Refinitiv® database) to 100 (firms with best ESG practices) and, for independent variables, characterizations of banking firms and BoD, capital structure, and economic-financial performance indicators were used. Based on the results, it was noted that the size of the banks and the gender diversity of the BoD presented positive and significant statistics, demonstrating that larger banks with more women on the board tend to maintain ESG best practices. On the other hand, negative and significant statistical relationships were observed between the issuance of American Depositary Receive (ADRs), the number of independent Board members, and Board Interlocking (B.I.) practices and ESG best practices. However, the study contributes to the literature with the understanding of ESG events of Brazilian banks and with the regulatory demands of the Central Bank of Brazil as a result of the rules with requirements of Social and Environmental Responsibility by the regulatory body, as well as with the demands of stakeholders and the market for best ESG practices of banks.