Injúria renal aguda com terapia renal substitutiva na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria

Residência Pediátrica

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ISSN: 22366814
Editor Chefe: Clemax Couto Sant'Anna, Marilene Crispino Santos
Início Publicação: 30/04/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Injúria renal aguda com terapia renal substitutiva na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria

Ano: 2023 | Volume: 13 | Número: 3
Autores: Ana Luiza da Silva Wendhausen, Artur Ricardo Wendhausen, Flávia Helena Bergmann Julião
Autor Correspondente: Ana Luiza da Silva Wendhausen | [email protected]

Palavras-chave: Terapia de substituição renal, injúria renal aguda, unidades de terapia intensiva pediátrica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: A injúria renal aguda (IRA) é definida como uma redução súbita na função renal, que apresenta desde alterações discretas nos biomarcadores renais a condições graves que necessitam terapia renal substitutiva (TRS). A TRS é o tratamento mais efetivo para pacientes com IRA grave, sendo que os métodos de TRS mais utilizados são: hemodiálise convencional (HD), hemodiálise contínua e a diálise peritoneal (DP).
OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo analisar o perfil epidemiológico e o desfecho dos pacientes diagnosticados com Injúria Renal Aguda submetidos à terapia renal substitutiva na Unidade de Terapia Intensiva.
MÉTODOS: Para isso, foi realizado um estudo descritivo, observacional, transversal, realizado por meio da coleta retrospectiva de dados obtidos através do sistema de prontuários eletrônicos.
RESULTADOS: Entre as internações no período estudado, 3,67% necessitaram de TRS devido à IRA, tendo como principal causa a sepse (48,57%). A maioria dos pacientes foi submetida à TRS por meio da HD. O índice de mortalidade foi de 45,7%, mostrando maior mortalidade naqueles que desenvolveram IRA durante a internação em comparação àqueles que já foram admitidos com IRA.
CONCLUSÃO: É possível concluir que a maioria dos pacientes submetidos à TRS em decorrência de IRA são menores de 2 anos de idade e mais de 50% apresentam comorbidades. A presença de comorbidades e o PIM2 estão relacionados com a mortalidade.



Resumo Inglês:

INTRODUCTION: Acute kidney injury (AKI) is defined as a sudden reduction in kidney function, which ranges from mild changes in kidney biomarkers to severe conditions that require renal replacement therapy (RRT). RRT is the most effective treatment for patients with severe AKI, and the most used RRT methods are: conventional hemodialysis (HD), continuous hemodialysis and peritoneal dialysis (PD).
OBJECTIVES: This study aims to analyze the epidemiological profile and outcome of patients diagnosed with Acute Kidney Injury undergoing renal replacement therapy in the Intensive Care Unit.
METHODS: For this, a descriptive, observational, cross-sectional study was carried out through the retrospective collection of data obtained through the electronic medical record system.
RESULTS: Among the hospitalizations during the study period, 3.67% required RRT due to AKI, with sepsis as the main cause (48.57%). Most patients underwent RRT through HD. The mortality rate was 45.7%, showing higher mortality in those who developed AKI during hospitalization compared to those who were already admitted with AKI.
CONCLUSION: It is possible to conclude that most patients undergoing RRT due to AKI are under 2 years of age and more than 50% have comorbidities. The presence of comorbidities and PIM2 are related to mortality.