Este artigo, a partir de uma abordagem discursiva materialista, faz um percurso pela Grammatica Historica da Lingua Portugueza, de M. Said Ali, discutindo e analisando o investimento descritivo do autor na comparação de diferentes momentos do português, a partir da premissa de que “deixará de ser histórico o estudo de vocábulos que desprezar as alterações semânticas” (SAID ALI, 1931, p. III, Prólogo). Numa perspectiva que se contrapõe a classificações gramaticais estanques e ao logicismo, Said Ali consegue, de maneira muito interessante, dar visibilidade ao movimento da língua portuguesa em seus diferentes usos ao longo da história, ressaltando, na materialidade linguística, processos significativos de interlocução entre o falante e o ouvinte, sem cair num reducionismo comunicacional.
This article, from a materialist discursive approach, makes a journey through the Grammatica Historica da Lingua PortuguezabyM. Said Ali, discussing and analyzing the author’s descriptive investment in the comparison of different moments of Portuguese, from the premise of that “the study of words that disregard semantic alterations will no longer be historical” Líng. e Instrum. Linguíst., Campinas, SP, v. 25, n. 49, p. 232-245,jan./jun. 2022.233(SAID ALI, 1931, p. III, Prologue). In a perspective that opposes stagnant grammatical classifications and logicism, Said Ali reaches, in a very interesting way, to give visibility to the movement of the Portuguese language in its different uses throughout the history, highlighting, in the linguistic materiality, significant processes of dialogue between the speaker and the listener, without fallinginto communication reductionism.
Este artigo, a partir de uma abordagem discursiva materialista, faz um percurso pela Grammatica Historica da Lingua Portugueza, de M. Said Ali, discutindo e analisando o investimento descritivo do autor na comparação de diferentes momentos do português, a partir da premissa de que “deixará de ser histórico o estudo de vocábulos que desprezar as alterações semânticas” (SAID ALI, 1931, p. III, Prólogo). Numa perspectiva que se contrapõe a classificações gramaticais estanques e ao logicismo, Said Ali consegue, de maneira muito interessante, dar visibilidade ao movimento da língua portuguesa em seus diferentes usos ao longo da história, ressaltando, na materialidade linguística, processos significativos de interlocução entre o falante e o ouvinte, sem cair num reducionismo comunicacional.