O presente artigo busca demonstrar as disputas políticas que permeiam o cenário do rock brasileiro durante o período do bolsonarismo, com o intuito de desmistificar a ideia de que o rock é inerentemente progressista. Para tanto, fundamentamo-nos nas reflexões do filósofo Douglas Kellner, especialmente no seu trabalho sobre a cultura da mídia e suas dicotomias. Ao adotar a perspectiva de Kellner, a pesquisa argumenta que o rock brasileiro, assim como outras formas de expressão cultural, não é intrinsecamente progressista ou conservador, mas sim um campo de disputa onde diferentes ideologias e interesses se manifestam. Através da análise dessas disputas políticas, o estudo contribui para um entendimento mais complexo e matizado do papel do rock no contexto sociopolítico brasileiro.
This article seeks to demonstrate the political disputes that permeated the Bra-zilian rock scene during the Bolsonarism period, in order to demystify the idea that rock is inherently progressive. To do so, we base ourselves on the reflections of the philosopher Douglas Kellner, especially on his work on media culture and its dichot-omies. By adopting Kellner’s perspective, the research argues that Brazilian rock, as well as other forms of cultural expression, is not intrinsically progressive or conser-vative, but rather a field of dispute where different ideologies and interests manifest themselves. Through the analysis of these political disputes, the study contributes to a more complex and nuanced understand-ing of the role of rock music in the Brazil-ian sociopolitical context.