Desemaranhando estereótipos de gênero na cultura visual: o curta-metragem Purl (2019) e dissidências à Masculinidade Tóxica

Revista Apotheke

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta 2007 - Santa Mônica
Florianópolis / SC
88035-901
Site: https://www.revistas.udesc.br/index.php/apotheke/issue/view/815
Telefone: (48) 3321-8000
ISSN: 2447-1267
Editor Chefe: Jociele Lampert
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Semestral

Desemaranhando estereótipos de gênero na cultura visual: o curta-metragem Purl (2019) e dissidências à Masculinidade Tóxica

Ano: 2023 | Volume: 9 | Número: 2
Autores: João Paulo Baliscei, Maria Vitória Neri Pereira
Autor Correspondente: João Paulo Baliscei | [email protected]

Palavras-chave: Estudos Culturais; Masculinidade; Educação; Cultura Visual; Infâncias.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde seus primeiros dias de vida, ainda quando bebês, os sujeitos convivem em espaços físicos e simbólicos atravessados de imagens advindas de diversos tipos de mídias, as quais, para além de decorar e tematizar os ambientes, acabam por perpetuam paradigmas. Tais artefatos costumam ser, semelhantemente, eficientes em apresentar e caracterizar as crianças a partir do gênero que lhe fora atribuído: ou se é menina ou se é menino. Neste texto, especificamente, importamo-nos com um artefato que, ao invés de reforçar os estereótipos de gênero, naturalizando-os, coloca-os em xeque. Referimo-nos, neste caso, à animação Purl(2019): um curta-metragem produzido pela empresa Pixar e, dirigido e escrito por Kristen Lester, que tematiza a noção de masculinidade tóxica. De que modos que a masculinidade tóxica e demais temas afetos às relações de gênero são apresentados no curta-metragem Purl (2019)? Para responder a esse problema de pesquisa, este artigo tem como objetivo refletir sobre artefatos da cultura visual infantil que prestam dissidência aos estereótipos de gênero. A fundamentação teórica advém dos Estudos Culturais e Estudos da Cultura Visual, em interfaces com os Estudos de Masculinidades, dando ênfase à Educação e mais especificamente ao Ensino de Artes Visuais. Estruturalmente, a discussão fora organizada em dois momentos. Primeiro destacamos conceitos a partir dos Estudos das Masculinidades e explicamos, metodologicamente, a extração de screenshots de Purl (2019), e depois, compartilhamos a análise confrontando e/ou aproximando imagens do curta-metragem com reflexões advindas do campo de investigação já mencionado. Na análise, contemplamos 27 screenshots extraídos do curta-metragem. Sublinha-se, por fim, a necessidade de experiências dissidentes de Ensino de Arte que sublinhem o caráter pedagógico e político da cultura visual endereçada às crianças



Resumo Inglês:

From their first days of life, even as babies, the subjects live in physical and symbolic spaces traversed by images of different types of media, which, in addition to decorating and theming environments, end up perpetuating paradigms. Such artifacts tend to be equally efficient at presenting and characterizing children based on the gender they are assigned: either a girl or a boy. In this text, in particular, we are concerned with an artifact that, instead of reinforcing gender stereotypes, naturalizing them, puts them in check. We refer, in this case, to the animation Purl (2019): a short film produced by the company Pixar and directed and written by Kristen Lester, and which thematizes the notion of toxic masculinity. In what ways that toxic masculinity and other issues related to gender relations are presented in the short film Purl (2019)? To respond to this research problem, this article aims to reflect on artifacts of children’s visual culture that lend dissidence to gender stereotypes. The theoretical foundation supports two Cultural Studies and Visual Culture Studies, in interfaces with the Masculinities Studies, giving emphasis to Education and more specifically to the Teaching of Visual Arts. Structurally, the discussion was organized in two moments. First, we highlight concepts from two Studies on Masculinities and explain, methodologically, the extraction of screenshots from Purl (2019), and after that, we share the analysis, confronting and/or approximating images of the short footage with reflections from the previously mentioned field of research. In the analysis, we contemplate 27 screenshots taken from the short footage. Finally, the need for dissident experiences in Art Education that highlights the pedagogical and political character of visual culture is highlighted and straightened out by children



Resumo Espanhol:

Desde sus primeros días de vida, incluso siendo bebés, los sujetos viven en espacios físicos y simbólicos atravesados por imágenes de distintos tipos de soportes, que además de decorar y tematizar ambientes, terminan por perpetuar paradigmas. Dichos artefactos tienden a ser igualmente eficientes para presentar y caracterizar a los niños en función del género que se les asigna: ya sea una niña o un niño. En este texto, en concreto, nos preocupamos por un artefacto que, en lugar de reforzar los estereotipos de género, naturalizándolos, los pone en jaque. Nos referimos, en este caso, a la animación Purl (2019): un cortometraje producido por la compañía Pixar y dirigido y escrito por Kristen Lester, y que tematiza la noción de masculinidad tóxica. ¿De qué manera se presenta la masculinidad tóxica y otros temas relacionados con las relaciones de género en el cortometraje Purl (2019)? Para responder a este problema de investigación, este artículo tiene como objetivo reflexionar sobre los artefactos de la cultura visual infantil que prestan disidencia a los estereotipos de género. La fundamentación teórica sustenta dos Estudios Culturales y Estudios de Cultura Visual, en interfaces con los Estudios de Masculinidades, dando énfasis a la Educación y más específicamente a la Enseñanza de las Artes Visuales. Estructuralmente, la discusión se organizó en dos momentos. Primero, destacamos conceptos de dos Estudios sobre Masculinidades y explicamos, metodológicamente, la extracción de capturas de pantalla de Purl (2019), y luego, compartimos el análisis, confrontando y/o aproximando imágenes del cortometraje con reflexiones de lo mencionado anteriormente. campo de investigación. En el análisis contemplamos 27 capturas de pantalla extraídas del cortometraje. Sublinha-se, finalmente, la necesidad de experiencias disidentes de Ensino de Arte que subrayen el carácter pedagógico y político de la cultura visual enderezó a los niños