A Teoria da Mente, habilidade da Cognição Social, se refere a capacidade de reconhecer, nomear, interferir e prever os estados mentais das pessoas em trocas sociais. Essa mesma aptidão pode ser o cerne das dificuldades sociais das pessoas com autismo, mesmo aquelas com bom funcionamento cognitivo. A literatura traz inúmeras contribuições sobre a importância da interação entre familiares e a contação de histórias como uma relevante prática educacional para o desenvolvimento da linguagem e Teoria da Mente (ToM). A partir dessa relação e com o aporte teórico das pesquisas sobre linguagem, interação, autismo e ToM, pretendeu-se investigar como esses temas têm sido tratados na literatura considerando as dificuldades sociais do Transtorno do Espectro Autista (TEA), da infância até a adolescência. Além disso, também se discute como as famílias podem contribuir para o desenvolvimento da ToM, visando o avanço das habilidades sociais a partir das relações intrafamiliares como forma de complementar práticas clínicas dos terapeutas envolvidos neste trabalho. Este artigo, portanto, se propõe a sintetizar e elencar as principais estratégias de práticas familiares apoiadas na linguagem, embasadas cientificamente, que podem ser realizadas em conjunto pelos pais e seus filhos com TEA.