O objetivo deste texto é o tratamento do conceito de transparência, em oposição ao de opacidade, entendido não como o caráter previsível do significado a partir da forma, que identifica a noção de iconicidade, mas como a quantidade de significados expressa pelas formas. Enquanto numa relação icônica, a estrutura da língua reflete de alguma maneira a estrutura da experiência, numa relação transparente, ocorre isomorfismo, ou seja, uma relação biunívoca entre as unidades de significado e as unidades formais, conforme entendida pela Gramática Discursivo-Funcional (Hengeveld; Mackenzie 2008) e, em particular, Hengeveld (2011), Leufkens (2015) e Hengeveld e Leufkens (inédito).
This paper aims at treating the concept of transparency, as opposed to opacity, understood not as the predictable character of the meaning from the form, which identifies the notion of iconicity, but as the amount of meanings expressed by forms. While in an iconic relation the language structure reflects in some way the structure of experience, in a transparent relation what occurs is isomorphism, i.e. a one-to-one relationship between the units of meaning and form, as understood by Functional-Discourse Grammar (Hengeveld; Mackenzie 2008) and, more particularly, by Hengeveld (2011), Leufkens (2015) and Hengeveld & Leufkens (forthcoming).