O presente estudo tratou sobre a análise de filosofia e política pública em educação, dando ênfase
ao final do século XX e século XXI, contudo, mais necessariamente para as suas três primeiras
décadas. Todavia, se pode observar, ainda que introdutoriamente, o quão complexa é construir essa
relação analítica entre esses dois objetos em questão. Logo, o paradigma de análise neste estudo,
quando o assunto é política pública, remeteu-se para o campo educacional, como forma de expor e
compreender as potencialidades e fragilidades e até mesmo as dificuldades que se permeiam nesse
arcabouço interventivo por parte do Estado, quando o assunto, principalmente, é educação, ou,
mais precisamente nos espaços escolares. Compreender a relação entre filosofia e política pública
em educação foi o objetivo geral desta investigação. Portanto, este estudo foi metodologicamente
exploratório e explicativo, trazendo como finalidade uma análise para a compreensão, tal como
feito e materializado nos levantamentos e revisões bibliográficas dos dados de estudos publicados,
anteriormente, acerca do assunto tratado. Pode-se considerar que os resultados obtidos com a
respectiva revisão bibliográfica apontam para a questão de que a filosofia, realmente, tem potencialidade
para influenciar na elaboração, no desenvolvimento e na avaliação das políticas públicas educacionais,
uma vez que a filosofia traz consigo esse caráter de edificar um entendimento teórico- filosófico com
maior capacidade de análise sobre assuntos que contemplam o tema da educação. Os resultados
também apontaram que ao articular filosofia com as políticas públicas educacionais tem-se melhores
condições de direcioná-las para a realidade educacional, partindo do pressuposto que aqui está
intrinsecamente garantindo o seu contexto de influência, o contexto de elaboração de texto, contexto
da prática, o contexto de avaliação da mesma e o de estratégia política. Logo, as considerações
expôs, também, que um dos pontos que deve ser destacado no tocante à filosofia no contexto das
políticas públicas educacionais é que ela permite ter uma maior reflexão sobre sua formulação, o que
leva a maior capacitação e eficiência das políticas quando concretizadas nas unidades de ensino
em todo o território brasileiro e não, somente, em determinado núcleo.