As relações entre a antropologia e os arquivos vista através do fundo Roberto Cardoso de Oliveira

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ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

As relações entre a antropologia e os arquivos vista através do fundo Roberto Cardoso de Oliveira

Ano: 2023 | Volume: 31 | Número: 61
Autores: Serafim, Amanda Gonçalves
Autor Correspondente: Amanda Gonçalves Serafim | [email protected]

Palavras-chave: Arquivos, Roberto cardoso de oliveira, História da antropologia no brasil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Roberto Cardoso de Oliveira (1928-2006) foi um importante antropólogo brasileiro e atuou em diferentes universidade e instituições no país e no exterior. Ainda que grande parte de seu currículo e de suas pesquisas sejam de amplo conhecimento na história da antropologia brasileira, seu acervo documental foi pouco explorado. O fundo Roberto Cardoso de Oliveira, atualmente depositado no Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), localizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi doado pelo antropólogo na década de 1980, abriga um grande volume documental que recobre a maior parte da trajetória de seu titular, e também muitos capítulos da história da disciplina no Brasil. O presente artigo tem como objetivo tensionar esse material com as discussões que aproximam a antropologia e os arquivos, de modo a acessar as camadas de atuação que constroem a narrativa oriunda desses papeis e que articulam titular e instituições de memória. Para isso, uma breve recuperação de um debate que problematiza a monumentalidade e a pretensa neutralidade dos arquivos, junto com uma aproximação das potencialidades e particularidades dos arquivos pessoais, nos ajuda a confrontar o material à luz da construção de um legado e de uma memória que perpassa uma atuação individual, mas é também resultado dos processos de arquivamento e pesquisa.



Resumo Inglês:

Roberto Cardoso de Oliveira (1928-2006) was an important Brazilian anthropologist who worked in different universities and institutions in the Brazil and abroad. Although much of his curriculum and research is widely known in the history of Brazilian anthropology, his documentary collection has been relatively unexplored. The Roberto Cardoso de Oliveira fund, currently deposited at the Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), located at Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), and donated by the anthropologist in the 1980s, contains a large volume of documents that cover a significant portion of his life’s word, as well as many chapters in the history of the discipline in Brazil. This article aims to examine this material in relation to the discussions that connect anthropology and archives, with the objective of accessing the layers of action that build the narrative arising from these roles and that articulate titleholder and memory institutions. To accomplish this, a brief exploration of a debate that problematizes the monumentality and the supposed neutrality of archives, along with an examination of the potentialities and particularities of the personal archives, will help us to analyse the material in light of the construction of a legacy and a memory that permeate individual action, while also being the result of archiving and research processes.



Resumo Espanhol:

Roberto Cardoso de Oliveira (1928-2006) fue un importante antropólogo brasileño y trabajó en diferentes universidades e instituciones en país y exterior. Aunque gran parte de su currículum y de sus investigaciones son ampliamente conocidos en la historia de la antropología brasileña, su acervo documental ha sido poco explorado. El fondo Roberto Cardoso de Oliveira, actualmente depositado en el Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), ubicado en la Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fue donado por el antropólogo en la década de 1980 y alberga un gran volumen de documentos que abarcan la mayor parte de la trayectoria de su titular, así como muchos capítulos de la historia de la disciplina en Brasil. El presente artículo tiene como objetivo tensionar ese material con las discusiones que vinculan la antropología y los archivos, con el fin de acceder a las capas de actuación que construyen la narrativa surgida de estos papeles y que articulan titular e instituciones de memoria. Para ello, una breve revisión de un debate que problematiza la monumentalidad y la supuesta neutralidad de los archivos, junto con una aproximación de las potencialidades y particularidades de los archivos personales, nos ayuda a confrontar el material a la luz de la construcción de un legado y de una memoria que atraviesa una actuación individual, aunque también es resultado de los procesos de archivamiento e investigación.