A construção social acerca da banalidade do mal em Hannah Arendt

Temáticas

Endereço:
Rua Cora Coralina, n.100 - Cidade Universitária
Campinas / SP
13083-896
Site: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas
Telefone: (19) 9696-3764
ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

A construção social acerca da banalidade do mal em Hannah Arendt

Ano: 2019 | Volume: 27 | Número: 54
Autores: Guimarães, Vinicius Oliveira Seabra
Autor Correspondente: Vinicius Oliveira Seabra Guimarães | [email protected]

Palavras-chave: Hannah arendt, Mal, Banalidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo se propõe a analisar o conceito de ‘banalidade do mal’, como concebe a filósofa alemã de origem judaica, Hannah Arendt (1906-1975), especialmente a partir do julgamento de Adolf Eichmann, em 1961, em Jerusalém. Contudo, faz-se necessário registrar que a proposta aqui não é de caráter jurídico ou técnico acerca dos processos legais da condenação de Adolf Eichmann, pois isso requer outra abordagem teórica. Então, a proposta desse texto é compreender a noção filosófica e social da maldade como parte estrutural da sociedade moderna. Para tanto, na perspectiva arendtiana, entende-se que não há de um lado o mal e do outro lado o bem, de forma dicotomizada e dualística, pelo contrário, o percurso teórico-metodológico proposto por Hannah Arendt visa à compreensão do mal a partir dos bons, dos comuns, dos normais, sendo esses os agentes sociais quem mantém a lógica estrutural da ‘banalidade do mal’ no contexto da modernidade.



Resumo Inglês:

This article proposes to analyze the concept of ‘banality of evil’, as conceived by the German philosopher of Jewish origin, Hannah Arendt (1906-1975), especially since Adolf Eichmann’s 1961 trial in Jerusalem. However, it is necessary to note that the proposal here is not of a legal or technical nature regarding the legal proceedings of the conviction of Adolf Eichmann, as this requires another theoretical approach. So the proposal of this text is to understand the philosophical and social notion of evil as a structural part of modern society. For this, in the Arendtian perspective, it is understood that there is not on one side the evil and on the other side the good, in a dichotomized and dualistic form, on the contrary, the theoretical-methodological path proposed by Hannah Arendt aims at the understanding of evil from the good, the common, the normal, and these are the social agents who maintain the structural logic of ‘banality of evil’ in the context of modernity.