Fará 100 anos, em 2018, o alerta que o jurista e sociólogo Francisco José de Oliveira Vianna escreveu em seu Populações Meridionais no Brasil para aqueles que, cifradamente, eram seus interlocutores. Ele chamava a atenção de seus pares, na introdução do primeiro volume do livro, para que parassem de titubear, como o faziam desde um século antes e assumissem o destino do país. Mais adiante, dentro do livro, o autor aprofundava seus argumentos, afirmando que um dos grandes problemas da organização da vida social brasileira, nos seus quatro séculos de existência, teria sido o controle da anarquia branca. Grosso modo, numa terra onde havia muitos chefes, com diferentes níveis de poder e que o Estado se mostrava ausente ou um lugar em disputa, organizar a classe dominante era urgente, para manter o controle geral.