Seguimento imediato e tardio de pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea com auxílio de aterectomia rotacional

Revista Brasília Médica

Endereço:
SCES Trecho 3 - AMBr - Asa Sul
Brasília / DF
70200003
Site: http://www.rbm.org.br/
Telefone: (61) 2195-9710
ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Seguimento imediato e tardio de pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea com auxílio de aterectomia rotacional

Ano: 2022 | Volume: 59 | Número: Não se aplica
Autores: Raphael Rossi Ferreira
Autor Correspondente: Raphael Rossi Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: ATERECTOMIA ROTACIONAL, ANGIOPLASTIA, DOENCA ARTERIAL CORONARIANA, CALCIFICACAO ARTERIAL CORONARIANA

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: Intervenção coronariana percutânea para lesões calcificadas continua sendo um desafio e, apesar dos avanços técnicos, continua associada a menor sucesso do procedimento e maiores taxas de complicações. A aterectomia rotacional é uma ferramenta adjuvante para o tratamento de lesões coronárias calcificadas. No entanto, existem dados limitados que investigam os resultados clínicos após o uso da aterectomia rotacional.
OBJETIVO: avaliar aspectos técnicos da aterectomia e a evolução tardia quanto à ocorrência de eventos cardiovasculares adversos maiores.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo e unicêntrico, incluindo pacientes submetidos à aterectomia rotacional como parte do tratamento de lesões coronárias com calcificação extrema ou falha de dilatação em procedimento prévio. Eventos cardiovasculares adversos: óbito, infarto agudo do miocárdio com onda Q, acidente vascular cerebral ou nova revascularização do vaso-alvo.
RESULTADOS: 17 pacientes foram avaliados. Idade média foi 70,2 anos. O diâmetro inicial da ogiva foi de 1,4 (+- 0,5 mm), com relação ogiva/referência distal do vaso de 0,53 (+-0,06) e com velocidade inicial de rotação de 162.000 rotações por minuto. A média do Syntax escore foi de 17,7. Stents farmacológicos foram usados em todos os casos. Dois casos tiveram infarto periprocedimento, sem ocorrência de óbitos, acidente vascular cerebral ou nova revascularização do vaso-alvo durante a fase intra-hospitalar. No seguimento tardio, teve duas revascularizações de vaso-alvo e nenhum óbito.
CONCLUSÃO: Aterectomia rotacional parece ser segura e eficaz com eventos cardiovasculares adversos intra-hospitalar e de acompanhamento aceitáveis considerando a gravidade das características do paciente e lesão.



Resumo Inglês:

BACKGROUND: Percutaneous coronary intervention for calcified lesions continues to be a challenge, and despite technical advances, it continues to be associated with less success in the procedure and higher complication rates. Rotational atherectomy is a tool for the treatment of heavily calcified lesions. However, there is limited data that investigates clinical outcomes after the use of rotational atherectomy in practice.
GOALS: evaluate the technical aspects of atherectomy and the late evolution of patients regarding the occurrence of major adverse cardiovascular events.
METHODS: Retrospective and unicentric study, including patients submitted to rotational atherectomy as part of the treatment of coronary lesions with calcification or failure of dilation in a previous procedure. Major adverse cardiovascular events: death, infarction Acute Q-wave myocardium, stroke or revascularization of the target vessel.
RESULTS: 17 patients underwent percutaneous coronary intervention with rotational atherectomy. Mean age was 70.2 years. Initial diameter of the ogive was 1.4 (+ - 0.5 mm), with an ovoid / distal vessel reference of 0.53 (+ -0.06) and with an initial rotation speed of 162,000 revolutions per minute. Mean of the Syntax score was 17.7. Pharmacological stents were used in all cases. Two cases had periprocedural infarction, without occurrence of deaths, stroke or revascularization of the target vessel during the in-hospital phase. Late follow-up, we had two target vessel revascularizations and no deaths.
CONCLUSION: Rotational atherectomy appears to be safe and effective with in-hospital major adverse cardiovascular events and acceptable follow-up considering the severity of patient characteristics and injury.