Este especial reúne trabalhos que, a partir de diferentes perspectivas, procurem discutir aspectos relacionados a fenômenos conservadores ocorridos no século XX, ou seja, fenômenos que estão ligados “à pretensão de manter intacta, de conservar, portanto, de rejeitar o novo e o apelo à mudança, visto como riscos à ordem instituída” (Silva, 2010, p. 53). Certamente, essa delimitação é fluida e pouco precisa, na medida em que esses fenômenos são plurais e multiformes e, principalmente, caracterizam-se por práticas que muitas vezes engendram ideias e representações fortemente enraizadas nas diferentes sociedades. Por outro lado, ainda que alguns textos tratem de temas relacionados à primeira metade do século XX, percebe-se que todos eles trabalham com fenômenos que, embora distantes cronologicamente, expressam problemas do “tempo presente”, ou seja, de um tempo marcado por permanências e continuidades de fenômenos do passado recente.