A partir de um estudo de caso desenvolvido no município de Venda Nova do Imigrante, no estado do Espírito Santo, observa-se que a prática do agroturismo tem relação com a identidade étnica de seus habitantes. Através de uma etnografia da Festa da Polenta – uma das demonstrações da identidade étnica italiana – pretende-se discutir a relação entre as práticas do agroturismo e a construção da identidade étnica italiana. O agroturismo desenvolvido no município não se apresenta somente como um turismo relativo ao campo ou ao homem do campo e às suas práticas, mas como um turismo referido a práticas identificadas como “típicas italianas”. Por outro lado, demonstra-se que no processo de re-invenção da identidade étnica italiana dos vendanovenses, o papel do agroturismo desponta como central, selecionando, destacando ou mesmo inventando sinais diacríticos do grupo.