Este artigo pretende analisar a estrutura da teoria habermasiana e de seu instrumental teórico para o estudo do “capitalismo tardio” a partir da teoria das crises contida no A Crise de Legitimação do Capitalismo Tardio, discutindo as dificuldades operacionais que este instrumental teórico pode apresentar para o estudo de dois casos empíricos: a crise do Welfare State e a crise do Estado-Nação. O objetivo primeiro é investigar em que medida a utilização deste aparelho conceitual é efetiva nas análises feitas pelo autor dos dois casos citados. Seguindo-se a isso, colocaremos algumas críticas a respeito de certas dificuldades que a construção teórica de autor pode apresentar no que diz respeito às estruturas do capitalismo avançado, procurando demonstrar que as próprias análises empíricas habermasianas apontam nessa direção.