Neste artigo objetivo aprofundar a noção de cinema como recurso político e categoria indígena entre jovens do povo Guarani Mbya que estão situados em Aracruz, no estado do Espírito Santo, no Brasil. A experiência etnográfica que dá origem ao tema ocorreu durante a elaboração de um projeto de cinema indígena, idealizado por um grupo de moradores da aldeia Boa Esperança, a quem auxiliei na escrita e nas relações com a Secretaria da Cultura do Estado do Espírito Santo. A pesquisa trata do cinema como ferramenta de articulação entre indígenas e não-indígenas, compreendendo a atual estratégia de visibilidade Mbya no que diz respeito ao engajamento de jovens lideranças indígenas na direção cinematográfica.