Este artigo debate os cinemas indígenas através de sua recepção e agência frente ao público indígena e não indígena. Os relatos e análises aqui tratados se baseiam na experiência dos autores de organizar um projeto voltado para os cinemas e as artes indígenas no sul do país, a Mostra Tela Indígena. Nas quatro edições deste projeto, diversos filmes indígenas do Brasil e das Américas foram exibidos para um público composto tanto por não indígenas quanto por indígenas. O texto irá discutir os cinemas indígenas e outras expressões artísticas na mostra já citada, tratando esses cinemas como uma agência que produz novos contatos e encontros. A circulação dessas obras, junto de seus criadores, mostra como a tela do cinema é um potencial espaço de continuidade do fazer fílmico, potente espaço de encontros e de realização de uma cinecosmopolítica. Nosso intuito, desse modo, é refletir sobre os espaços pelos quais os filmes circulam e como eles agenciam novos discursos, encontros e produções.