Objeção De Consciência Médica E Liberdade De Escolha Do Paciente Terminal No Direito Brasileiro: Como Solucionar O Conflito De Dois Lados Da Mesma Moeda?

Revista Internacional CONSINTER de Direito

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ISSN: 2183-9522
Editor Chefe: Luiz Augusto de Oliveira Junior
Início Publicação: 30/06/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Direito

Objeção De Consciência Médica E Liberdade De Escolha Do Paciente Terminal No Direito Brasileiro: Como Solucionar O Conflito De Dois Lados Da Mesma Moeda?

Ano: 2020 | Volume: 6 | Número: 10
Autores: E. R. Hogemann, L. P. de Paula
Autor Correspondente: E. R. Hogemann | [email protected]

Palavras-chave: Objeção de consciência médica, autonomia da vontade, paciente terminal

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Realiza uma análise reflexiva sobre o confronto entre os direitos fundamen-tais da objeção de consciência do profissional da saúde – médico – e a liberdade de escolha do paciente terminal no Direito Brasileiro. O objeto geral da pesquisa é de-monstrar a possível compatibilização de uma negativa legítima do médico, que deixa de agir porque a conduta terapêutica representa para ele um grave abalo psicológico, vez que contraria seus valores morais e filosóficos e o direito de liberdade de escolha do paciente em situação de terminalidade. Busca enfatizar que por mais que se presti-gie a autonomia da vontade do paciente na finitude da vida, por meio de recusas váli-das e das diretivas antecipadas de vontade, o direito do médico, objetor de consciên-cia, não pode ser aniquilado. O objetivo específico é análise das formas de solução desses conflitos, destacando as restrições e limites aplicáveis aos direitos fundamen-tais, tendo em vista que eles não são absolutos, apontando o instrumento mais ade-quado para sanar o confronto. A metodologia adotada contempla o método lógico-dedutivo, por meio da pesquisa bibliográfica, adotando como referencial a teoria externa de restrição de direitos fundamentais e o critério de proporcionalidade.



Resumo Inglês:

It performs a reflexive analysis on the confrontation between the fundamental rights of conscientious objection of the health professional – physician – and the freedom of choice of the terminal patient in Brazilian law. The general objective is to demonstrate that it is possible to reconcile the physician's legitimate refusal to act based on the fact that the therapeutic conduct represents a serious psychological shock for him, as it contradicts his moral and philosophical values and the patient's freedom to choose whether to be treat-ed or not. It seeks to emphasize that, although the prestige of the patient's autonomy in the end of life, must be taken for granted, through valid refusals and anticipated directives of will, the right of the physician, conscientious objector, can not be disregarded. The specific objective is to analyze the ways of solving these conflicts, highlighting the restrictions and limits applicable to fundamental rights, since these are not absolute, pointing out the most appropriate instrument to remedy the confrontation. The methodology adopted was the log-ical-deductive method, through bibliographic research, adopting as reference the external theory of restriction of fundamental rights and the criterion of proportionality.