O presente artigo busca escancarar o racismo estrutural na dermatologia brasileira. Realizou-se uma análise histórica para que se compreenda o racismo, no âmbito da dermatologia, como um processo histórico, em que as características físicas de pessoas de pele branca são valorizadas, de forma que se eleva o estudo das particularidades da pele branca na dermatologia brasileira. Observa-se que tal estratégia faz parte de uma ferramenta de eugenia e de supremacia branca, que faz com que se despreze o estudo dasparticularidades da pele negra na área da dermatologia brasileira. O direito, como ferramenta antidiscriminatória, pode ser utilizado para introduzir, na Lei nº 8.080/90, a Lei Orgânica da Saúde, um protocolo de tratamento médico que inclua o estudo das particularidades da pele negra. É igualmente importante que o Ministério da Educação (MEC), em controle de qualidade do curso de medicina, inclua a abordagem de protocolos de tratamento da pele negra na disciplina de dermatologia.
This article seeks to expose structural racism in Brazilian dermatology. A historical analysis is carried out in order to understand racism, in this field of dermatology, as a historical process, a process in which the physical characteristics of people with white skin are valued, so that the study of the particularities of white skin in Brazilian dermatology. It is observed that such a strategy is part of a tool of eugenics andwhite supremacy, which makes the study of the particularities of black skin in the area of Brazilian dermatology to be neglected. The law, as an anti-discrimination tool, can be used to introduce, in the Organic Health Law, a medical treatment protocol that includes the study of the particularities of black skin. It is equally important that the Ministry of Education, in quality control of the medical course, include the approach to treatment protocols for black skin in the discipline of dermatology.