Propaganda eleitoral negativa e o “impulsionamento” de conteúdo digital: entre a crítica, a ofensa e a ilegalidade

REVISTA JUSTIÇA DO DIREITO

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ISSN: 22383212
Editor Chefe: Liton Lanes Pilau Sobrinho
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Direito

Propaganda eleitoral negativa e o “impulsionamento” de conteúdo digital: entre a crítica, a ofensa e a ilegalidade

Ano: 2023 | Volume: 37 | Número: 3
Autores: C. M. Tenorio, D. R. R. Moreira
Autor Correspondente: C. M. Tenorio | [email protected]

Palavras-chave: Propaganda eleitoral negativa; impulsionamento de conteúdo; mídias sociais; justiça eleitoral.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde 2017 foi dada a autorização legal para priorizar conteúdo digital eleitoral mediante pagamento para as plataformas digitais, desde que fossem realizados pelos partidos e candidatos e que esse conteúdo os beneficie ou os promova - o chamado “impulsionamento” de conteúdo eleitoral digital. Porém, a partir dessa autorização legal, a Justiça Eleitoral tem ampliado essas restrições vedando impulsionamento de conteúdo eleitoral digital de propaganda negativa. Seria a propaganda eleitoral negativa uma vedação à exigência de que o conteúdo beneficie ou promova candidatos? O direito de crítica aos adversários em conjunto ao direito de informação do eleitorado permite a propaganda eleitoral negativa no cenário digital com o uso do impulsionamento de conteúdo? Por meio de metodologia dedutiva considerando a evolução do cenário jurisprudencial, normativo e científico é que este artigo analisa a incongruência entre a prática adotada pela Justiça Eleitoral e os limites legais do impulsionamento de conteúdo digital eleitoral, sendo constatada a ampliação de disposições legais restritivas pela prática judiciária eleitoral.



Resumo Inglês:

Since 2017, we have had legal authorization to prioritize digital electoral content through  payment to  digital  platforms,  as  long  as  they  are  made by  parties  and candidates  and  this  content  benefits  or  promotes  them,  the  so-called  digital electoral  contentboosting.  However,  based  on  this  legal  authorization,  the Electoral  Court  has  extended  these  restrictions,  prohibiting  the  promotion  of negative digital electoral content. Is negative electoral propaganda the prohibition on demanding content that benefitsor promotes candidates? Does the right to criticize  opponents  together  with  the  electorate's  right  to  information  allow negative  electoral  propaganda  on  the  digital  stage  with  the  use  of  content boosting? By means of a deductive methodology, considering the evolution of the jurisprudential,  normative  and  scientific  scenario,  this  article  shows,  among  its results, the incongruity between the practice adopted by the Electoral Justice and the  legal  limits  of  digital  electoral  content  boosting,  and  the  expansion  of restrictive legal provisions by electoral judicial practice.