O ponto de partida desta pesquisa são as próprias experiências infantis, sobretudo as mudanças corporais promovidas pela frequência às aulas de ballet. A dança, compreendida enquanto processo de educação corporal, terminou por construir quem somos e como agimos. As lembranças desse processo suscitaram o anseio de estudar a influência do ballet clássico na constituição da identidade corporal, tendo em vista o fato de que as práticas culturais corporais são elementos marcantes na trajetória de muitas pessoas. A pesquisa, então, contou com a colaboração de algumas bailarinas, cujos posicionamentos com relação à contribuição do ballet nas suas vidas foram coletados e confrontados com o referencial teórico. Os resultados indicam que, ainda que tenha sido constatado que o ballet invariavelmente trás disciplina para a bailarina, nem todas fizeram uso da mesma nos estudos. Apesar disso, trouxe disposição e uma nova maneira de se perceber como pessoa.