Ao longo dos anos 2000, as políticas públicas brasileiras experienciaram a abertura para a participação social. A política externa, comumente isolada dos debates internos, também foi influenciada por esse processo, passando a contar com o envolvimento de movimentos sociais rurais em algumas agendas, como foi o caso da agenda internacional da agricultura familiar. Neste artigo, a participação da Contag na política externa brasileira foi analisada a partir das narrativas políticas desenvolvidas pela Organização, bem como pelas oportunidades políticas construídas em duas arenas internacionais: OMC e FAO. Além de informar detalhes sobre a participação da Confederação nos debates de política externa, o artigo analisou as convergências e divergências de participação da Contag nos dois organismos internacionais citados.
Throughout the 2000s, Brazilian public policies experienced an opening process to social participation. Commonly isolated from internal debates, foreign policy was also influenced by this process, therefore, the engagement of some rural social movements was noticed for some agendas, such as the family farming. In this article, Contag’s participation in Brazilian foreign policy was analyzed based on the political narratives developed by the organization, as well as the political opportunities built in two international arenas: WTO and FAO. In addition to providing details about the confederation's participation in foreign policy debates, the article presents the convergences and divergences of Contag’s participation in the two international organizations above mentioned.