O presente trabalho tem objetivo de compreender o espaço da urbe no município de Arari, situado na porção Norte do estado do Maranhão, verificando-se cronologicamente desde os processos históricos de povoamento às situações mais recentes de ocupação e expansão da mancha urbana. O artigo se esteia na perspectiva da pequena cidade, cuja redistribuição da população pelo êxodo rural ocasionou abruptas mudanças no meio citadino. Metodologicamente, buscou-se aproximação com a abordagem qualitativa, usando de procedimentos inerentes ao estudo de caso. Os resultados contemplaram a instalação do núcleo urbano arariense em decorrência do modo de colonização, intensificando o crescimento citadino na medida em que os processos de industrialização e modernização promoviam as transformações nas dinâmicas espaciais. A saída do campo, mais acentuadamente a partir dos anos 1980, impulsionou a ampliação desordenada da cidade, que nos últimos 20 anos esteve relacionada ao encarecimento dos lotes nas partes centrais, especulação imobiliária e dificuldade no acesso à terra por parte da população de baixa renda. O que, acrescido da falta de atuação do Estado, tem potencializado o estabelecimento de habitações em áreas de risco, em condições de vulnerabilidade ambiental, econômica e social.