A ficção do “poder pelo poder”: problematizações sobre a finalidade do Estado na filosofia prática de Aristóteles

REVISTA DE CIÊNCIAS DO ESTADO - REVICE

Endereço:
Avenida João Pinheiro, nº 100, Centro.
Belo Horizonte / MG
30130-180
Site: https://seer.ufmg.br/index.php/revice/index
Telefone: (31) 3409-8620
ISSN: 25258036
Editor Chefe: Lucas Antônio Nogueira Rodrigues
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A ficção do “poder pelo poder”: problematizações sobre a finalidade do Estado na filosofia prática de Aristóteles

Ano: 2023 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Gustavo Ceneviva Zuccolotto
Autor Correspondente: Gustavo Ceneviva Zuccolotto | [email protected]

Palavras-chave: Aristóteles, Política, Ética, Bem comum

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente ensaio tem como objetivo i) argumentar em prol da relevância dos valores morais na determinação das ações políticas; ii) apresentar um panorama geral das formas de poder político na antiguidade e na modernidade, evidenciando, através do paralelo entre as experiências históricas da pólis e dos Estados-nacionais, as suas devidas aproximações e distanciamentos; iii) explorar alguns pontos críticos da filosofia prática de Aristóteles no que tange ao conceito de “bem comum” enquanto finalidade natural da comunidade e sua identificação com a finalidade humana, a felicidade; iv) esboçar uma defesa da necessidade do bem comum enquanto valor normativo que ampare a construção de uma concepção da ciência política potente em nosso tempo tendo em vista suas possibilidades efetivas. Buscamos nesse percurso refletir acerca de algumas questões à luz do pensamento aristotélico a fim de avaliar o lugar do sentido da vida política, qual seja, o “bem comum” - essencialmente ligado, em sua teoria, à justiça, à promoção da virtude e à condição de liberdade -, enquanto conceito mobilizador de problemáticas para a ciência política em nosso tempo.



Resumo Inglês:

This essay aims to i) argue for the relevance of moral values in determining political actions; ii) to present an overview of the forms of political power in antiquity and modernity, highlighting, through the parallel between the historical experiences of the polis and the nation-states, their due similarities and differences; iii) explore some critical points of Aristotle's practical philosophy regarding the concept of “common good” as a natural purpose of the community and its identification with the human purpose, happiness; iv) outline a defense of the need for the common good as a normative value that supports the construction of a conception of political science that is powerful in our time in view of its effective possibilities. In this journey, we seek to reflect on some questions in the light of Aristotelian thought in order to evaluate the place of the meaning of political life, that is, the “common good” - essentially linked, in his theory, to justice, the promotion of virtue and the condition of freedom -, as a concept that mobilizes problems for political science in our time.



Resumo Espanhol:

Este ensayo tiene como objetivo i) argumentar la relevancia de los valores morales en la determinación de las acciones políticas; ii) presentar un panorama de las formas de poder político en la antigüedad y la modernidad, destacando, a través del paralelismo entre las experiencias históricas de las polis y los estados-nación, sus debidas similitudes y diferencias; iii) explorar algunos puntos críticos de la filosofía práctica de Aristóteles en cuanto al concepto de “bien común” como fin natural de la comunidad y su identificación con el fin humano, la felicidad; iv) esbozar una defensa de la necesidad del bien común como valor normativo que sustente la construcción de una concepción de la ciencia política poderosa en nuestro tiempo en vista de sus posibilidades efectivas. En este recorrido, buscamos reflexionar sobre algunas cuestiones a la luz del pensamiento aristotélico para evaluar el lugar que ocupa el sentido de la vida política, es decir, el “bien común” -vinculado esencialmente, en su teoría, a la justicia, la promoción de la virtud y de la condición de libertad-, como concepto que moviliza problemas para la ciencia política de nuestro tiempo.