Um relativismo totalitário? Alfred Rosenberg, os direitos do homem e o “relativismo filosófico”

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ISSN: 25258036
Editor Chefe: Lucas Antônio Nogueira Rodrigues
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Um relativismo totalitário? Alfred Rosenberg, os direitos do homem e o “relativismo filosófico”

Ano: 2023 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: D. A, R. Chagas, P. O. Almeida
Autor Correspondente: P. O. Almeida | [email protected]

Palavras-chave: Alfred Rosenberg, Totalitarismo, Relativismo, Philippe Lacoue-Labarthe, Humanismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é analisar o espaço ocupado pelos "direitos do homem" no sistema filosófico de Alfred Rosenberg. No Pós-Guerra, muitos autores - como Hannah Arendt, Hans Kelsen e Karl Popper - argumentaram que o totalitarismo político seria uma consequência do "totalitarismo filosófico", isto é, da tentativa de criar um modelo teórico capaz de abarcar todas as esferas da existência humana. O culto ocidental à razão teria conduzido a Europa ao fascismo, rejeitando o pluralismo e a diversidade cultural. Contudo, nenhum dos autores que desenvolveram essa abordagem se ocuparam de uma análise aprofundada da filosofia produzida por intelectuais nazistas, durante o Terceiro Reich. É preciso questionar como filósofos nazistas compreendiam o humanismo, o racionalismo, e a tensão entre universalismo e relativismo cultural. A leitura dos escritos de Rosenberg — o mais influente filósofo da Alemanha nazista — refuta a tese segundo a qual o totalitarismo derivaria da pretensão universalizante do pensamento ocidental. Rosenberg é relativista e antiintelectualista, e sua defesa teórica do nazismo se desenvolve a partir de uma crítica aos "direitos humanos" e, de forma geral, à busca filosófica por categorias metaempíricas que poderiam funcionar como referência para toda a humanidade.



Resumo Inglês:

The aim of this article is to analyze the space occupied by "human rights" in the philosophical system of Alfred Rosenberg. In the postwar period, many authors - such as Hannah Arendt, Hans Kelsen, and Karl Popper - argued that political totalitarianism would be a consequence of "philosophical totalitarianism," that is, of the attempt to create a theoretical model capable of encompassing all spheres of human existence. The Western cult of reason would have led Europe to fascism, rejecting pluralism and cultural diversity. However, none of the authors who developed this approach were concerned with an in-depth analysis of the philosophy produced by Nazi intellectuals during the Third Reich. We need question how Nazi philosophers understood humanism, rationalism, and the tension between universalism and cultural relativism. The reading of Rosenberg's writings - the most influential philosopher of Nazi Germany - refutes the thesis that totalitarianism would derive from the universalist pretension of Western thought. Rosenberg is relativistic and anti-intellectualist, and his theoretical defense of Nazism develops from a critique of "human rights" and, in general, the philosophical search for meta-empirical categories that could serve as a reference for all humanity.



Resumo Espanhol:

El propósito de este artículo es analizar el espacio que ocupan los "derechos del hombre" en el sistema filosófico de Alfred Rosenberg. En la posguerra, muchos autores -como Hannah Arendt, Hans Kelsen y Karl Popper- argumentaron que el totalitarismo político sería una consecuencia del "totalitarismo filosófico", es decir, del intento de crear un modelo teórico capaz de abarcar todos esferas de la existencia humana. El culto occidental a la razón habría llevado a Europa al fascismo, rechazando el pluralismo y la diversidad cultural. Sin embargo, ninguno de los autores que desarrollaron este enfoque profundizó en el análisis de la filosofía producida por los intelectuales nazis durante el Tercer Reich. Es necesario cuestionar cómo entendían los filósofos nazis el humanismo, el racionalismo y la tensión entre universalismo y relativismo cultural. La lectura de los escritos de Rosenberg —el filósofo más influyente de la Alemania nazi— refuta la tesis de que el totalitarismo deriva de la pretensión universalizadora del pensamiento occidental. Rosenberg es relativista y antiintelectualista, y su defensa teórica del nazismo parte de una crítica a los "derechos humanos" y, en general, de la búsqueda filosófica de categorías metaempíricas que puedan funcionar como referente para toda la humanidad.