‘CASTANHAS. VENDERAM-SE (VENDEU-SE) HOJE’: A PERSPECTIVAÇÃO PASSIVA DO ACONTECER VERBAL EM CARTAS COMERCIAIS MANUSCRITAS DO SÉCULO XIX

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ISSN: 1983-3431
Editor Chefe: Marly Catarina Soares, Márcia Cristina do Carmo
Início Publicação: 30/04/1979
Periodicidade: Semestral

‘CASTANHAS. VENDERAM-SE (VENDEU-SE) HOJE’: A PERSPECTIVAÇÃO PASSIVA DO ACONTECER VERBAL EM CARTAS COMERCIAIS MANUSCRITAS DO SÉCULO XIX

Ano: 2023 | Volume: 45 | Número: Não se aplica
Autores: Grace dos Anjos Freire Bandeira
Autor Correspondente: Grace dos Anjos Freire Bandeira | [email protected]

Palavras-chave: Perspectivação passiva, concordância verbal, reflexivo SE.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Para estudar a relação entre a diminuição de frequência da concordância verbal e a interpretação do reflexivo ‘se’ em contexto de passivas sintéticas ou pronominais (Nunes, 1990; Galves, 1996), consideramos 867 (oitocentas e sessenta e sete) correspondências comerciais datadas de 1880 a 1889 e escritas nos limites geográficos identificados como Capitania de São José do Rio Negro, atual estado do Amazonas. Nossa investigação, de abordagem sociofuncionalista (Labov, 1972; Givón, 1995; Dubois & Votre, 2012), mostrou que, quando a perspectivação passiva do acontecer verbal (Vilela, 1999) é assumida pelo remetente dos manuscritos em análise, ela se faz, preferencialmente, não com a passiva com ‘se’ mas com a passiva analítica, corroborando os resultados de Carvalho (1990, p. 90) ao propor que, em razão da falta de clareza da passiva sintética, “em seu lugar, reina soberana, nas línguas românicas, a passiva analítica”.



Resumo Inglês:

For studying the relationship between the decrease in the frequency of verb agreement and the interpretation of the reflexive ‘se’ in the context of synthetic or pronominal passives (Nunes, 1990; Galves, 1996), we considered 867 (eight hundred and sixty-seven) commercial correspondence dated from 1880 to 1889 and written in the geographical limits identified as Capitania de São José do Rio Negro; today, state of Amazonas. Our investigation, with a sociofunctionalist approach (Labov, 1972; Givón, 1995; Dubois & Votre, 2012), showed that when the passive perspective of the verbal event (Vilela, 1999) is assumed by the sender of the manuscripts under analysis, it takes place, preferably, not with the passive with ‘se’ but with the analytic passive, corroborating the results of Carvalho (1990, p. 90) when he proposed that, due to the lack of clarity of the synthetic passive, “in its place, reigns sovereign, in Romance languages, the analytic passive”.