A Monkeypox é uma zoonose que em 2022 apresentou rápida disseminação ao se espalhar por 96 países e apresentar cerca de 41.664 pessoas infectadas pelo mundo. Dessa forma, em meio a pandemia de COVID-19, gerou grande preocupação para os serviços de saúde pública e para a população. Diante disso, objetivou-se aqui analisar as evidências científicas e descrever o impacto biopsicossocial gerado pela disseminação da Monkeypox, bem como as estratégias utilizadas para mitigação dessa problemática. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, por meio das bases de dados Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde, publicadas entre o período de 2018 a 2023. Um total de 46.856 estudos foram identificados e 10 foram incluídos para a análise final. Dentre os principais prejuízos identificados pela pesquisa, salienta-se no aspecto psicológico o medo e a ansiedade. No aspecto biológico destaca-se a presença de lesões cutaneomucosas e os sintomas sistêmicos, a exemplo da febre, astenia e linfoadenopatia. Um dos problemas sociais identificados foi o estigma resultante do preconceito associado, visto que a prevalência da doença ocorreu em grupos de pessoas vulneráveis, além de incluir quem fazia sexo sem preservativo e as que viviam com HIV ou história de Infecção Sexual Transmissível (ISTs) prévia. Assim, faz-se necessária a disseminação do conhecimento de que qualquer pessoa pode estar suscetível à doença independente da sua orientação sexual. Isso pode, portanto, reduzir o impacto biopsicossocial gerado por esta doença e promover qualidade de vida para a população.
Monkeypox is a zoonosis that in 2022 showed rapid dissemination by spreading to 96 countries and presenting about 41,664 infected people worldwide. Thus, in the midst of the COVID-19 pandemic, it has generated great concern for public health services and the population. Given this, this study aimed to analyze the scientific evidence and describe the biopsychosocial impact generated by the spread of Monkeypox, as well as the strategies used to mitigate this problem. This integrative literature review uses the Pubmed and Virtual Health Library databases and studies published between 2018 and 2023. 46,856 studies were identified, and 10 were included in the final analysis. Among the main damages identified by the research, fear, and anxiety stand out in the psychological aspect. In the biological aspect, cutaneomucosal lesions and systemic symptoms stand out, such as fever, asthenia, and lymphadenopathy. One of the social problems identified was the stigma resulting from the associated prejudice, given that the prevalence of the disease occurred in vulnerable groups of people, including people who had sex without a condom and those living with HIV or a history of previous Transmissible Sexual Infection (STIs). It is, therefore, necessary to spread the knowledge that anyone can be susceptible to the disease, regardless of their sexual orientation. This can consequently reduce the biopsychosocial impact generated by this disease and promote quality of life for the population.