Cenas de um casamento: das lentes de Bergman à interpretação de Freud de Marcuse

Filosofia e Educação

Endereço:
Rua Sérgio Buarque de Holanda - 421 - 1º andar - Biblioteca Central | PPEC - Cidade Universitária
Campinas / SP
13083-859
Site: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe
Telefone: (19) 3521-6729
ISSN: 1984-9605
Editor Chefe: Cesar Apareciddo Nunes
Início Publicação: 07/10/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia

Cenas de um casamento: das lentes de Bergman à interpretação de Freud de Marcuse

Ano: 2021 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: J. R. Almeida, K. C. O. Reis
Autor Correspondente: J. R. Almeida | [email protected]

Palavras-chave: Cenas de um casamento sueco, amor romântico, dimensão erótica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nosso objetivo neste artigo é discutir as tensões vividas nas relações amorosas na sociedade moderna. Durante todo o percurso, nossa atenção estará direcionada ao filme Cenas de um casamento (1973), de Ingmar Bergman, que retrata o casamento e a vida privada de Johan e Marianne – como o ideal burguês de realização individual e felicidade, porém, desmitificado em seus ritualismos, revelando uma instituição em crise, cheia de contradições e opaca por natureza. Com isso articula-se um diálogo com o pensamento de Sigmund Freud que norteia a discussão, mostrando que a natureza secreta do vínculo afetivo, bem como, torna-se fonte de sofrimento para o sujeito. E depois, com as proposições do sociólogo Hebert Marcuse para quem o inconsciente aparece portador de potencialidades emancipatórias da sexualidade. Conclui-se que somente uma ética que abdique da posse sobre o outro é capaz de enfrentar o desafio doloroso da ruptura de vínculos.



Resumo Inglês:

Our aim in this article is to discuss the tensions experienced in love relationships in modern society. Throughout the course, our attention will be directed to the film Scenes from a marriage (1973), by Ingmar Bergman, which portrays the marriage and the private life of Johan and Marianne -as the bourgeois ideal of individual fulfillment and happiness, however, demystified in its rituals, revealing an institution in crisis, full of contradictions and opaque in nature. This articulates a dialogue with the thinking of Sigmund Freud that guides the discussion, showing that the secret nature of the affective bond, as well as, becomes a source of suffering for the subject. And then, with the propositions of the sociologist Hebert Marcuse for whom the unconscious appears as having emancipatory potentialities of sexuality. It is concluded that only an ethics that relinquishes ownership over the other is able to face the painful challenge of breaking bonds.