O abandono do tratamento é um problema comum em psicoterapia, mas tem sido pouco estudado, em parte porque é difícil entrar em contato com os pacientes de um estudo que abandonam a terapia. As taxas de desistência geralmente variam de 35% a 55% e estão associadas não apenas a resultados piores do tratamento, mas também a altos custos para o sistema de saúde. O objetivo do presente estudo foi explorar a experiência de pacientes que abandonam a terapia cognitivo-comportamental transdiagnóstica em um grupo e em formato online (teleterapia). Como o problema geralmente foi estudado quantitativamente e pesquisas recentes sugerem explorar o fenômeno qualitativamente, foi realizado um estudo qualitativo e transversal por meio de um grupo de foco com três pacientes que desistiram de um estudo controlado em andamento. Em geral, eles relatam uma experiência positiva na terapia, sendo que o motivo da desistência está relacionado a dificuldades em comparecer à sessão. Alguns pacientes relatam falta de compatibilidade com o grupo ou dificuldade em fazer os exercícios entre as sessões. Espera-se que esses resultados possam contribuir para a elaboração de estratégias para reduzir as desistências.
Drop-out is a common problem in psychotherapy, but that has been little studied, partly because it is often difficult to contact patients in a trial who drop out. Drop-out rates typically range from 35% to 55% and are associated not only with poorer treatment outcomes but also with high costs to public health. The present study aimed to explore the experiences of patients who drop out of transdiagnostic cognitive behavioral therapy in a group and online format (teletherapy). As the problem has generally been studied quantitatively and recent research suggests that the phenomenon should be explored qualitatively, a qualitative cross-sectional study was conducted by conducting semi-structured interviews with three patients who had dropped out of an ongoing randomized controlled trial. A thematic analysis has been carried out along the lines of consensual qualitative research. Although they generally report a positive experience in therapy, the reason for dropping out is related to difficulties in attending sessions (due to illness or work). Some patients reported that they did not feel compatible with the group or that they found it difficult to do the exercises between sessions. It is hoped that these findings will help in the development strategies to reduce drop-out.
El abandono de tratamiento es un problema comun en psicoterapia pero que ha sido escasamente estudiado, en parte, ya que contactar a los pacientes de un estudio que abandonan la terapia suele resultar dificultoso. Las tasas de abandono suelen oscilar entre el 35% y el 55% y no solo se relacionan con peores resultados en los tratamientos, sino tambien con elevados costos para el sistema de salud. El objetivo del presente trabajo fue explorar la experiencia de pacientes que abandonan una terapia cognitivo-conductual transdiagnostica en formato grupal y online (teleterapia). Dado que la problema en general se ha estudiado de manera cuantitativa y recientes investigaciones sugieren expplorar el fenomeno de manera cualitativa, se ha realizado un estudio de carácter cualitativo y transversal, a traves de la realización de un grupo focal con tres pacientes que han abandonado un estudio controlado actualmente en curso. En general reportan una experiencia positiva en la terapia, el motivo del abandono se relaciona con dificultades para asistir a la sesión. Algunos pacientes refieren no haber sentido compatibilidad con el grupo o dificultad para realizar ejercicios entre-sesiones. Se espera que estos resultados puedan colaborar en el diseño de estrategias para la reducción de los abandonos.