Os modelos transdiagnósticos concebem os transtornos mentais como resultado de dificuldades no uso de estratégias de enfrentamento. Disposições de personalidade como perfeccionismo, autocrítica e mecanismos cognitivos de regulação emocional como a ruminação têm sido objeto de pesquisas devido às suas implicações clínicas. O presente estudo tem como objetivo investigar a relevância clínica da relação entre os perfis de perfeccionismo, autocrítica e ruminação. A amostra é composta por 200 estudantes de Psicologia (83,5% mulheres e 16,5% homens) entre 21 e 61 anos. Foi utilizado um desenho exploratório, não experimental, transversal, de diferenças entre grupos e explicativo. Existem diferentes perfis de perfeccionistas: adaptativos, desadaptativos e não perfeccionistas. O teste paramétrico ANOVA unidirecional foi utilizado para análise estatística. Os resultados indicam que os perfeccionistas adaptativos apresentam as pontuações médias mais baixas nos valores de autocrítica, sofrimento psicológico e ruminação, seguidos pelo grupo dos não perfeccionistas, enquanto o grupo dos perfeccionistas desadaptativos (23,5% da amostra) tem as pontuações mais altas nessas variáveis. Concluindo, a discrepância percebida nos perfeccionistas desadaptativos desencadeia uma autoavaliação hipercrítica e dicotômica de si mesmo, o que aumenta o desconforto psicológico percebido. Da mesma forma, a resposta de enfrentamento a esse desconforto é a ruminação, um mecanismo cognitivo desadaptativo de regulação emocional que, além de ineficaz, mantém e amplifica o desconforto psicológico.
Transdiagnostic models conceive mental disorders as a result of difficulties in using coping strategies. Personality dispositions such as perfectionism, self-criticism and cognitive mechanisms of emotional regulation such as rumination have been the subject of research due to their clinical implications. The present study aims to investigate the clinical relevance of the relationship between the profiles of perfectionism, self-criticism and rumination. The sample is made up of 200 Psychology majors (83.5% women and 16.5% men) between 21 and 61 years of age. An exploratory, non-experimental, cross-sectional, differences between groups and explanatory design was used. There are different profiles of perfectionists: adaptive, maladaptive and non-perfectionist. One-way ANOVA parametric test was used for statistical analysis. The results indicate that adaptive perfectionists have the lowest mean scores on the values ?? of self criticism, psychological distress and rumination, followed by the group of non perfectionists, while the group of maladaptive perfectionists (23.5% of the sample) has the highest scores. high in these variables. In conclusion, the discrepancy perceived in maladaptive perfectionists triggers a hypercritical and dichotomous self evaluation of the self, which increases the perceived psychological discomfort. Likewise, the coping response to this discomfort is rumination, a maladaptive cognitive mechanism of emotional regulation that, in addition to being ineffective, maintains and amplifies psychological discomfort.
Los modelos transdiagnósticos conciben a los trastornos mentales como resultado de dificultades en el empleo de estrategias de afrontamiento. Disposiciones de personalidad como el perfeccionismo, la autocrítica y mecanismos cognitivos de regulación emocional como la rumiación han sido objeto de investigación por su implicancia clínica. El presente estudio tiene como objetivo indagar la relevancia clínica de la relación entre los perfiles del perfeccionismo, la autocrítica y la rumiación. La muestra está compuesta por 200 estudiantes de la carrera de Psicología (83.5% mujeres y 16.5% varones) de entre 21 y 61 años de edad. Se empleó un diseño exploratorio, no experimental, transversal, de diferencias entre grupos y explicativo. Se diferencian perfiles de perfeccionistas: adaptativos, desadaptativos y no perfeccionistas. Se utilizó la prueba paramétrica ANOVA de una vía para el análisis estadístico. Los resultados indican que los perfeccionistas adaptativos presentan menor puntuación en las medias de los valores de autocrítica, malestar psicológico y rumiación, seguidos por el grupo de no perfeccionistas, mientras que el grupo de perfeccionistas desadaptativos (23.5% de la muestra) presenta las puntuaciones más altas en estas variables. En conclusión, la discrepancia percibida en los perfeccionistas desadaptativos desencadena una autoevaluación hipercrítica y dicotómica del self lo que aumenta el malestar psicológico percibido. Asimismo, la respuesta de afrontamiento a este malestar es la rumiación, un mecanismo cognitivo de regulación emocional desadaptativo que además de ser ineficaz, mantiene y amplifica el malestar psicológico.