O estudo tem como objetivo analisar os efeitos moderadores do desempenho ambiental e social (pilares do desempenho ESG) na relação entre os mecanismos de governança corporativa (tamanho do conselho, dualidade do CEO, independência e diversidade de gênero do conselho de administração) e o desempenho das empresas. A amostra compôs-se por 96 empresas brasileiras organizadas em painel desbalanceado. O período de análise compreendeu os anos 2016-2020, analisados por meio de regressão com dados em painel robusto. Os principais resultados revelaram que os desempenhos ambiental e social exercem efeito moderador negativo na relação entre dualidade do CEO e desempenho contábil, e exercem influência moderadora positiva entre independência do conselho de administração e desempenho de mercado, enquanto para o desempenho contábil, somente a moderação ambiental apresenta efeito. Verificou-se um efeito moderador positivo do desempenho social na relação entre diversidade de gênero do conselho e desempenho contábil. Como contribuições, a pesquisa buscou incorporar novas evidências dos efeitos dos mecanismos de governança corporativa no desempenho ao explorar os efeitos do desempenho ambiental e social nesta relação. Como implicações práticas, o estudo evidencia que em empresas brasileiras, conselhos maiores e a dualidade do CEO podem melhorar o desempenho organizacional, desafiando a prática tradicional de evitar a concentração de poder. Além disso, a pesquisa contribui ao explorar novos ângulos referentes às práticas ambientais e sociais que se mostraram essenciais para moderar a relação entre governança e desempenho, sugerindo que as empresas devem fortalecer suas iniciativas ESG para maximizar retornos e atrair investidores.
The study aims to analyze the moderating effects of environmental and social performance (pillars of ESG performance) on the relationship between corporate governance mechanisms (board size, CEO duality, board independence, and gender diversity) and company performance. The sample consisted of 96 Brazilian companies organized in an unbalanced panel. The analysis period covered the years 2016-2020 and was conducted using robust panel data regression. The main results revealed that environmental and social performance have a negative moderating effect on the relationship between CEO duality and accounting performance and a positive moderating influence on the relationship between board independence and market performance, while for accounting performance, only environmental moderation shows an effect. A positive moderating effect of social performance was observed in the relationship between board gender diversity and accounting performance. As contributions, this research aimed to incorporate new evidence on the effects of corporate governance mechanisms on performance by exploring the impact of environmental and social performance in this relationship. In practical terms, the study demonstrates that in Brazilian companies, larger boards and CEO duality can enhance organizational performance, challenging the traditional practice of avoiding power concentration. Furthermore, the research contributes by exploring new angles regarding environmental and social practices that have proven essential for moderating the relationship between governance and performance, suggesting that companies should strengthen their ESG initiatives to maximize returns and attract investors.