Este artigo tem como objetivo analisar de que modo o movimento sindical combinou a participação nos mecanismos de diálogo institucional com as ações de contestação política nas ruas, diante das diferentes reformas nos regimes previdenciários que foram propostas e aprovadas pelos governos de Luiz Inácio da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), no Brasil, e de Cristina Kirchner (PJ) e Maurício Macri (Juntos), na Argentina. Para tal, estabelecemos um diálogo com a produção acadêmica especializada no tema da ação sindical e das reformas previdenciárias que foram aprovadas nas últimas duas décadas nesses dois países. Além da revisão da bibliografia, também nos utilizamos do levantamento de notícias sobre a atuação do sindicalismo frente a esses contextos distintos. Ao final, buscamos evidenciar as particularidades de cada um dos países nesses diferentes governos, marcados por políticas de viés neodesenvolvimentistas e neoliberais, que acabaram por representar contextos mais favoráveis ou desfavoráveis à atuação coletiva e à resistência do sindicalismo.