Paternagem como estratégia de desenvolvimento de novas masculinidades e prevenção às violências

Revista da Defensoria Pública do Distrito Federal

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ISSN: 2674-5739
Editor Chefe: Alberto Carvalho Amaral
Início Publicação: 24/05/2019
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito

Paternagem como estratégia de desenvolvimento de novas masculinidades e prevenção às violências

Ano: 2024 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: Reginaldo Bombini
Autor Correspondente: Reginaldo Bombini | [email protected]

Palavras-chave: paternagem, gênero, masculinidades, violências e cuidado

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A responsabilidade do cuidado masculino com a prole como estratégia de prevenção às violências decorrentes de uma tese desigual e injusta que se pauta por relações de poder hierárquicas alicerçadas em ideologias patriarcais e machistas, de maneira que o exercício ativo, presente, participativo e cuidador da paternidade, que pode ser chamada de paternagem, como estratégia de desenvolvimento de novas masculinidades, haja vista que o cuidado, dentro da proposição binária e estereotipada de gênero, é considerado uma identidade e uma performance feminina, mas uma vez que os homens se apropriam e praticam o cuidado rompem não somente padrões e barreiras, pois também contribuem para construção da igualdade de gênero, no que refere-se aos direitos e oportunidades, haja vista que divide a responsabilidade de um dos pilares da desigualdade entre homens e mulheres, que é o cuidado, aspecto político e econômico da vida social e familiar ligado ao trabalho reprodutivo, que em função de um determinismo biológico fundamentado no aparelho sexual e reprodutivo separa, divide e impõe às mulheres a tarefa de administrar a economia privada, doméstica e familiar, o cuidado com a casa e com a família.



Resumo Inglês:

The sexual division of labor has been configured as a major pillar and balance of gender inequalities and injustices, given that care, within the binary and stereotypical gender proposition, is considered a compulsory attribute of a female identity and performance. However, when men appropriate and practice care, they break limiting and oppressive patterns, beliefs and barriers, as well as contributing to the construction of gender equality, with regard to rights and opportunities, given that they share responsibility , assumes its obligations and cooperates as a functional adult with care, a political and economic aspect of social and family life linked to reproductive work, which, due to a biological determinism based on the sexual and reproductive system, separates, divides and imposes the task on women managing the private, domestic and family economy, taking care of the home and family. Male care for offspring as a strategy for preventing violence and gender asymmetries, confronts sexist and patriarchal beliefs of male incapacity for care, as well as proposing the accountability of men with the active, present, participatory and caring exercise of fatherhood, which It can even be called fatherhood as a strategy for developing new masculinities.